Agência Heads investe em filial no Rio

O Rio voltou a ser um lugar para se investir, independentemente de eventos como a Copa do Mundo e a Olimpíada. A opinião é de um curitibano que se apaixonou pela cidade, o publicitário Claudio Loureiro, da Heads Propaganda. A agência que Loureiro criou divide uma melhores contas publicitárias do país, a da Petrobras, com a Quê e a F/Nazca. A Heads aposta tão alto na cidade que investiu R$ 9 milhões na compra de um pequeno prédio de quatro andares em Ipanema e o reformou. Fica na valorizada e mística rua Barão da Torre, região onde moraram Tom Jobim e Rubem Braga. O investimento, com recursos próprios, é maior do que o feito para montar os escritórios de São Paulo e Brasília, uma aposta mesmo na possibilidade de expansão dos negócios a partir da cidade.
 
O caso de amor com o Rio, Loureiro admite, começou com a Petrobras, conta que passou a atender em 2008. A estatal, cujo orçamento de publicidade é de aproximadamente R$ 250 milhões, alavancou um processo de expansão da agência que já tinha como clientes empresas como a Volvo e o Boticário. Depois vieram outras do Rio, como a distribuidora Ampla, o Shopping Rio Sul e a Supervia.

Hoje, Claudio Loureiro é um morador mais que eventual do Rio, apesar da família ainda se manter em Curitiba. Na sexta-feira do feriado da Semana Santa, levou mulher e filhos para um show de jazz no bar The Maze, que um inglês criou na favela Tavares Bastos, no Catete. Adorou. "É um barato, cheio de gente linda", diz com um sorriso.
 
Desde que se encantou pela cidade vem planejando atrair Woody Allen para produzir um filme tendo o Rio como cenário. "Ele fez Meia Noite em Paris, agora filma em Roma e por que não o Rio sediar o próximo?", indaga confiante. Um amigo próximo, o arquiteto Jaime Lerner já escreveu até um roteiro que o publicitário apresentou à irmã de Allen, Letty Aronson, quando ela visitou a cidade a convite do próprio Loureiro.
 
A Heads foi criada há 24 anos em Curitiba. Associou-se à Young & Rubicam, mas o próprio Loureiro optou pela independência. Com fusões entre agências, os antigos contatos que tinha acabaram deixando a agência. Então, optou por deixar de lado a parceria com a multinacional. Com 130 funcionários, dos quais 45 no Rio, em 2011 a agência foi escolhida pelo Instituto Great Place to Work como uma das melhores agências de comunicação para trabalhar no Brasil. Este ano, a previsão da Heads é de faturar R$ 240 milhões.

(Valor)

 

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