AleSat faz apostas em lubrificantes e na expansão de postos

A distribuidora de combustíveis AleSat aposta este ano no mercado de lubrificantes para expandir seus negócios. A empresa, que fechou parceria em outubro com a Chevron para atuar nesse segmento, pretende encerrar este ano com vendas de 5,5 milhões de litros do produto, o que deverá gerar uma receita de R$ 44 milhões.

Com faturamento da ordem de R$ 7 bilhões em 2009 e 1.700 postos, o grupo AleSat também tem planos para expandir sua rede de distribuição de combustíveis. Neste ano, os investimentos para promover o crescimento orgânico serão da ordem de R$ 80 milhões, o que inclui a incorporação de 150 novos postos. Os investimentos podem chegar a R$ 200 milhões até 2013 para chegar a 2,5 mil pontos de venda, segundo Marcelo Alecrim, presidente da companhia.

O mercado de lubrificantes no país é considerado relevante e a AleSat não quer ficar de fora. Esse segmento movimenta por ano cerca de R$ 10 bilhões, com 1,25 bilhão de litros comercializados, segundo Alísio Vaz, vice-presidente executivo do Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes).

Das 11 companhias associadas ao Sindicom, cinco delas são dedicadas somente a produzir e comercializar lubrificantes no país – Chevron, Castrol, Repsol, Petronas e a francesa Total. O Sindicom representa 80% das empresas que comercializam o produto no país. Os 20% restantes estão nas mãos de pequenos produtores.

Atualmente, cerca de 700 postos da rede AleSat, de um total de 1,7 mil, já estão comercializando o produto. A empresa também vende para o segmento de grandes consumidores, como indústrias, transportadoras, empresas de ônibus, além de postos bandeiras brancas. A expectativa da empresa é que até o fim do segundo bimestre todos os postos de combustíveis do grupo já estejam negociando o produto.

Esse segmento é considerado estratégico para a companhia, uma vez que as vendas de lubrificantes são um componente importante do mix de produtos e serviços que um posto oferece. Percentualmente, a comercialização desse produto é mais lucrativa do que a de combustíveis, segundo a companhia, sem revelar sua margem.

A parceria com a Chevron, uma das maiores do mercado de lubrificantes do país, foi fundamental para a expansão dos negócios da Ale nesse setor. A distribuidora negocia as marcas Ursa e Havoline da empresa. No mercado interno, a BR é a maior do segmento, com cerca de 270 milhões de litros negociados, seguida pela Chevron, com cerca de 180 milhões de litros.

Já a expansão do número de postos de combustíveis no país deverá ser feita por meio de aquisições e incorporação de redes regionais, conforme afirmou Alecrim em recente entrevista ao Valor. Em 2009, a companhia adquiriu 131 novas unidades, com a incorporação da Repsol e Polipetro, e avanço sobre as redes de bandeira branca. Em 2010, novas aquisições estão na mira da companhia.

Para este ano, o grupo projeta crescimento das vendas da ordem de 10%, com receita estimada em R$ 7,7 bilhões. No ano passado, as vendas cresceram 16%, totalizando 350 milhões de litros de combustíveis por mês.

A companhia, que no ano passado patrocinou o Flamengo, vencedor do Campeonato Brasileiro, pode não mais fazer parte da camisa do rubro negro carioca. O investimento relacionado ao patrocínio do time de futebol foi de R$ 5 milhões e o retorno estimado, somente com mídia espontânea, foi de aproximadamente R$ 30 milhões.

A decisão da empresa em patrocinar o Flamengo foi considerada extremamente positiva, uma vez que o time não estava entre os primeiros colocados quando o grupo fechou o acordo. Em 2010, a AleSat foi convidada apenas a estampar as mangas da camisa do time, mas provavelmente não deverá fechar acordo.

(Mônica Scaramuzzo – Valor Econômico)

 

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