Algar Tecnologia quer entrar no mercado do Rio de Janeiro

RIO – A Algar Tecnologia está entrando no mercado carioca. O primeiro contrato foi fechado com a Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS), para o fornecimento do serviço de central de atendimento. A Agência vai terceirizar o serviço, que terá teleatendimento, tanto para receber ligações de usuários, como para efetuar contatos.

O call center vai funcionar como uma central de dúvidas para todos os setores das operadoras de saúde, desde consumidores a médicos. A empresa contratou 80 pessoas para servir à ANS.

A Algar já ofertava serviços de tecnologia da informação específicos para outros clientes da área de saúde, como Unimed, em outros locais do país. Isso facilitou o fechamento do contrato com a ANS. Mas ter a agência como cliente também abriu portas: o Rio de Janeiro.

A empresa, que contratou Ricardo Bigio – com passagem pela IBM, HP e Oracle – para comandar os negócios no Estado e angariar novos clientes, pretende focar nas grandes empresas do Rio, como Petrobras e Vale.

De acordo com Bigio e com o diretor-presidente da Algar Tecnologia, José Antonio Fechio, a entrada no mercado carioca significa o fortalecimento da aposta da companhia no mercado interno brasileiro, cujos negócios devem ser impulsionados com a expectativa de aumento da renda da população.

"O Rio tem muito espaço ainda a ser preenchido e queremos ocupar esse espaço. Queremos que o Rio seja uma das grandes geradoras de receita. Mas, por enquanto, estamos só fazendo investimentos para nos posicionarmos de maneira mais forte", disseram os executivos.

O grupo tem planos de ampliar também seus negócios no exterior. Há possibilidade de exportação de serviços de contact center e de tecnologia da informação, como a criação de data center, links de comunicação e o oferecimento de serviços de desenvolvimento e manutenção de sistemas, além de gerenciamento e manutenção de ativos das plataformas dos clientes.

A expectativa é que a Algar Tecnologia invista R$ 1,2 bilhão nos próximos anos. Este ano, os investimentos devem ficar entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões. A empresa faturou R$ 273 milhões no ano passado em receita líquida, com um crescimento de 26% em relação ao ano anterior. Para 2010, a previsão é de que o avanço seja de 30%.

O diretor-presidente disse que o objetivo da empresa é estar entre as maiores empresas de contact center, de terceirização de processos de negócios (BPO, na sigla em inglês) e de Tecnologia da Informação (TI) do país.

O grupo está entrando no Rio com a subsidiária de tecnologia, mas já atua no Estado com a empresa de telefonia, Algar Telecom, e com a prestadora de serviços de engenharia para redes, a Engeset.

O Grupo Algar, cujo faturamento é de R$ 3,2 bilhões ao ano, tem negócios nas áreas de TI e telecomunicações, agribusiness, serviços (taxi aéreo e engenharia de redes) e turismo.

(Juliana Ennes | Valor)

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