Amil vai investir R$ 450 mi e espera crescimento de 10%

A Amil vai investir R$ 450 milhões em 2012 na expansão de sua rede de hospitais e no pagamento de aquisições realizadas recentemente, disse nesta quarta-feira o presidente do Conselho da Amil Participações (Amilpar), Edson Bueno. Ele recebeu hoje, no Rio, o troféu "O Equilibrista", do Ibef-Rio, como executivo do ano de 2011. Sem descartar novas aquisições, Bueno disse que a operadora de planos de saúde trabalha com uma previsão de crescimento orgânico de 10% este ano. A empresa divulgará seu balanço de 2011 em março.

Entre os projetos prioritários da Amil está a construção do Hospital das Américas, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O grupo já investiu mais de R$ 100 milhões na unidade e aportará outros R$ 100 milhões este ano, quando fica pronto o bloco de consultórios. A unidade terá em torno de 400 leitos e espaço para atender o público de alta renda, uma das maiores demandas do Rio.
 
Para Edson Bueno, um dos maiores desafios da Amil é se estabelecer de forma competitiva no segmento de planos para a baixa renda (classe D/E), o que será uma prioridade nos próximos três anos. "Nosso preço ainda está 20% acima da Intermédica, a maior concorrente. É um mercado que tem especificidades e requer redução de custos", disse Bueno.
 
Em termos regionais, o foco do grupo será a expansão no interior de Campinas, nas capitais do Nordeste e em Minas Gerais. Em Minas, onde o grupo chegou em 2010, a meta é dobrar o número de vidas para 40 mil este ano.
 
De acordo com o diretor financeiro da Amilpar, Gilberto Costa, não há planos de novas captações privadas no momento. O grupo tem em caixa R$ 1,2 bilhão, dos quais R$ 600 milhões livres. O montante seria suficiente para tocar os investimentos já previstos para 2012, mas não para bancar novas compras no setor de saúde. "Não vejo espaço para novas aquisições, mas se houver podemos fazer uma nova captação", disse Costa.
 
Debêntures
 
A Amilpar utilizará metade dos R$ 300 milhões captados via emissão de debêntures no fim de 2011 para quitar uma dívida de debêntures detidas pelo Bradesco e com vencimento em março. Os outros R$ 150 milhões vão compor o pagamento das aquisições da operadora de planos de saúde premium Lyncx, em 2011, e do hospital carioca de alto padrão Samaritano, realizada em 2010. Além desses papéis, que vencem em três anos, a Amil tem em aberto uma emissão de debêntures de R$ 900 milhões realizada em 2010, com vencimento diferido em cinco anos.

(Mariana Durão l Exame)

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