Anbima prepara uma nova classificação para fundos

A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) prepara para este ano a reclassificação de toda a sua base de fundos de investimento.
 
As mudanças, conforme apurou o Valor, estão sendo feitas a pedido da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – órgão que regulamenta e fiscaliza o setor – e têm como objetivo reduzir as categorias de fundos listadas pela associação, simplificando-as para o investidor.
 
As alterações devem começar pela renda fixa e pelos multimercados, justamente uma das categorias divididas em várias classes e subclasses em razão das múltiplas estratégias possíveis para o segmento. Atualmente, os fundos de investimento estão segmentados em 48 categorias, segundo critérios da Anbima.
 
Para alguns especialistas de mercado, ter muitas categorias pode confundir o investidor, atrapalhando o desenvolvimento do setor. Uma alternativa seria ter categorias mais gerais, como ocorre no exterior.
 
Nos Estados Unidos, por exemplo, os fundos são divididos em apenas quatro categorias: "stocks" (ações), "hedge funds", "bonds" (renda fixa) e "money markets" (de curto prazo). Aqui, como há várias subcategorias, todo o gestor tem de se enquadrar em uma delas.
 
Vale ressaltar, entretanto, que a grande quantidade mostra a busca por transparência do mercado brasileiro. Além disso, as classificações mais detalhadas acabam facilitando as comparações entre os gestores. Mais uma vez, é o caso dos multimercados, que têm grande número de estratégias diferentes.
 
Já em 2009, quando o setor de fundos brasileiro contava com 36 categorias de fundos, o Brasil era o país que tinha maior número de classificações oficiais de fundos do mundo num universo de 34 países, segundo estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo. Naquela época, o país com maior número de classificações depois do Brasil era o México, com 14, seguido pelo Canadá, com 13.
 
(Flavia Lima e Luciana Monteiro l Valor)
 

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