Apetite da Arezzo por aquisições segue alto, diz presidente da empresa

A tentativa frustrada de adquirir a grife Santa Lolla, em julho, não diminuiu o apetite da Arezzo para compra de concorrentes no setor de calçados.
 
A área de fusões e aquisições da companhia continua “bastante ativa” e com “várias possibilidades”, segundo informou o presidente da empresa Anderson Birman, durante o Arezzo Investor Day, hoje em São Paulo.
 
Desde sua oferta pública inicial este ano — ocasião em que a Arezzo captou R$ 195,6 milhões na operação primária — a companhia ainda não concretizou nenhuma aquisição. “Temos uma preocupação de ter disciplina com a utilização do capital”, afirmou Birman.
 
Além da marca Arezzo, a companhia também responde pelas grifes Schutz, Anacapri e Alexandre Birman.  Segundo diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Thiago Borges, as possibilidades hoje para aquisições da Arezzo vão além do caixa da companhia —  de R$ 179 milhões, em setembro deste ano. “Há alternativa de troca de ações”, comentou.
 
O executivo ressaltou que o critério da Arezzo para aquisições não é preço, mas a o grau de afinidade para aplicar a estratégia multicanal da companhia.
 
Além das lojas próprias, a Arezzo atua também em lojas multimarcas. O modelo de franquia, no entanto, responde pela maior parte do negócio da companhia.
 
Para o próximo ano, a Arezzo prevê a abertura de 58 lojas — 20 a mais do que este ano— , das quais 47 serão franquias. O número inclui todas as marcas da companhia.  “Escolher o franqueado é a nossa grande fórmula da Coca-Cola”, disse o Birman.
 
Focada no consumidor das classes A e B, a companhia não tem planos ampliar o leque de ofertas de seus produtos para a classe C no médio prazo. A possibilidade de repassar um aumento de seus preços em 2012, inclusive, já é considerada pelos gestores da companhia. “Seria uma maneira de ampliar nossas margens que se somaria ao aumento no número de vendas”, pontuou o vice-presidente da companhia, Alexandre Birman.
 
O executivo, que dá nome a marca mais requintada da companhia, afirmou que o processo de internacionalização de da Arezzo não deve ganhar força pelos próximos dois anos. “O nosso foco será o mercado interno”, disse.
 
Na área de governança, a Arezzo planeja inaugurar três comitês em 2012 e somar mais um membro independente, com ampla experiência em varejo,  ao seu conselho de administração.
 
(Marina Falcão | Valor)

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