Aprovada compra da Convenção pela inglesa Tullet Prebon

A corretora inglesa Tullet Prebon anunciou nesta terça-feira que recebeu aprovação da presidente Dilma Rousseff para a aquisição da Convenção, criada por Eduardo da Rocha Azevedo há quase 40 anos. Com isso, o grupo do Reino Unido, o segundo maior do mundo em derivativos de balcão, entra no mercado brasileiro.

O nome Convenção será mantido por enquanto, segundo Eduardo Azevedo, diretor administrativo da corretora. O período ainda não está definido, mas em algum momento deve ser mudado para Tullet Prebon, nome que a corretora adota em suas operações em diversos países. Azevedo, junto com Marcelo Arbex, será o responsável pela gestão da nova corretora.

Um dos primeiros projetos da Convenção, que opera com derivativos, juros, câmbio e renda fixa, é entrar no mercado de ações da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). "Nosso foco é e continua sendo o investidor institucional, mesmo nas operações com ações", disse Rocha Azevedo à Agência Estado.

A aquisição foi anunciada pela Tullet em outubro de 2009, por R$ 20 milhões. O negócio pode chegar a R$ 30 milhões, pois tem uma parte vinculada à performance futura dos negócios após a compra. O negócio foi aprovado pelo Banco Central no segundo semestre de 2010. Mas por a Tullet ser um grupo estrangeiro sem operações no Brasil, foi necessário um decreto presidencial autorizando a aquisição.

Em meio à troca de comando na Presidência da República, o decreto acabou ficando para a presidente Dilma assinar e fez os ingleses esperarem um pouco mais para iniciar os negócios no País. Em geral, uma aquisição de uma empresa demora cerca de seis a nove meses para receber aprovação.

A compra da Convenção ocorreu em um momento em que outros grupos estrangeiros estavam entrando no Brasil e comprando corretoras locais. No final de 2008, a americana BGC Global Holdings, uma das maiores do mundo, adquiriu a corretora Liquidez. No mesmo ano, o Citi comprou o controle da Intra Corretora, e a inglesa Icap assumiu o comando da Arkhe.

"A aquisição da Convenção fortalece a Tullett Prebon e nossos planos para o crescimento de negócios na América Latina. O Brasil deverá ter um papel crucial na expansão pela região", disse em nota à imprensa Steph Duckworth, diretor de Operações da Tullett Prebon.

(Altamiro Silva Junior l Agência Estado)

 

 

 

 

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