Bandeira de cartões Elo busca parceria para ser aceita no exterior

Os cartões de crédito da Elo – sociedade entre o Banco do Brasil, Bradesco e Caixa – podem começar a ser aceitos no exterior já no segundo semestre. Se isso acontecer, será a primeira bandeira nacional a ser utilizada fora do país. O presidente da empresa, Eduardo Chedid, afirmou que já está conversando com parceiros no exterior para viabilizar esse projeto.

— Deve começar nesse ano, no segundo semestre. Tem poucos assuntos que sou mais cobrado do que esse na empresa — disse nesta quarta-feira após participar de evento em São Paulo.

Atualmente, a bandeira é aceita apenas nas máquinas de captura de transação da Cielo, presente em cerca de 1,5 milhão de estabelecimentos no Brasil. A outra bandeira nacional, a Hiper, pertencente ao Itaú Unibanco, também é aceita apenas no Brasil.

Segundo Chedid, as operações de clientes no exterior não devem acrescentar um volume significativo de receitas à empresa, mas irá ajudar a fidelizar o cliente, já que a bandeira poderá competir com os cartões que hoje possuem bandeiras internacionais, como Visa e Mastercard.

— Ter a internacionalização da bandeira não vai ajudar em um volume de receitas maior, mas vai ajudar a termos um cartão mais completo. Ajuda a garantir a preferência do cliente — disse, acrescentando que no momento não há a intenção de emitir cartões da bandeira no exterior.

Criada em 2011, o objetivo da Elo era reduzir as despesas dos bancos com o pagamento de royalties às bandeiras internacionais. A Elo tem 68 milhões de cartões emitidos (crédito, débito e benefícios). O total de transações com esses plásticos chegou a R$ 68 bilhões no ano passado, uma participação de mercado de 7%. A meta da empresa é ter 15% do mercado total até o final do ano que vem.

(Ana Paula Ribeiro | O Globo)

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