Basf investirá 500 milhões de euros em fábrica na Bahia

A Basf, conglomerado químico alemão, informou sexta (19), plano de investimento em um complexo produtivo, em escala global, de ácido acrílico, acrilato de butila e polímeros superabsorventes (SAP) em Camaçari (BA).

Segundo a empresa, será a primeira fábrica de ácido acrílico e superabsorventes da América do Sul e custará acima de 500 milhões de euros. "Este será o maior aporte da Basf ao longo de sua história de 100 anos na América do Sul", destacou, em comunicado.

O polo de Camaçari foi escolhido devido à disponibilidade de matéria-prima (propeno) e utilidades, fornecidas pela Braskem, maior companhia química do Brasil e maior petroquímica das Américas. A brasileira será parceira estratégica no projeto, informou a Basf.

A Elekeiroz, do grupo Itaúsa, disputava com a Basf a construção desse projeto e vinha em negociações com a Braskem para garantir o fornecimento da matéria-prima. 

A construção do novo Complexo de Ácido Acrílico começará ainda em 2011, gerando cerca de 1.000 empregos durante a construção, informa o comunicado da Basf. O início das operações de produção está previsto para o quarto trimestre de 2014, gerando 230 empregos diretos e 600 indiretos.

Além disso, a Basf passará a produzir acrilato de 2-etil-hexila,  importante matéria-prima para as indústrias de adesivos e tintas especiais, em seu complexo de Guaratinguetá (SP), que será a primeira fábrica do produto na América do Sul. A produção de acrilato de 2-etil-hexila está planejada para iniciar em 2015, com base no ácido acrílico produzido em Camaçari.

Com a fábrica de ácido acrílico, a Basf assegurará o fornecimento de matéria-prima para importantes produtos, como: fraldas, químicos para construção, resinas acrílicas para tintas, tecidos e adesivos. “O projeto reforça a importância da região para a Basf, assegurando o fornecimento de nossos produtos para nossos clientes na América do Sul e contribuindo para o desenvolvimento do país”, afirma presidente da companhia para América do Sul, Alfred Hackenberger.

“Esperamos que o investimento traga um impacto muito positivo para a balança comercial do País de cerca de US$ 300 milhões ao ano, sendo US$ 200 milhões por meio da redução de importações e US$ 100 milhões em função do aumento das exportações”, diz Hackenberger.

(Ivo Ribeiro | Valor)

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