Brasil atrai atenção da companhia

Até pouco tempo atrás, a América Latina estava longe das prioridades da Canon. O potencial de mercados como o Brasil e o México, porém, colocaram a região no mapa estratégico da empresa.
 
Atualmente, a América Latina responde por 2,7% da receita global da empresa, equivalente ao faturamento gerado pela operação da companhia no Canadá, informou Fujio Mitarai, executivo-chefe e presidente do conselho da Canon. “No entanto, as perspectivas econômicas na região são muito animadoras para os próximos anos. Acredito que podemos dobrar a receita regional em pouco tempo”, afirmou o executivo.
 
Esse movimento começa a gerar investimentos efetivos da Canon. Há cerca de um mês, a companhia anunciou um aporte de 110 milhões de ienes (US$ 1,3 milhão) na instalação de uma fábrica de câmeras digitais em Manaus, no Brasil. Com o início da operação previsto para julho de 2013, o complexo será a primeira unidade industrial de câmeras da Canon fora da Ásia e a terceira operação de manufatura da empresa nas Américas.
 
Conforme apurou o Valor, o projeto aprovado em Manaus tem uma expectativa de produção de 700 mil câmeras nos primeiros três anos de operação.
 
Segundo Taro Maruyama, presidente da Canon na América Latina, o plano inicial é fabricar os modelos compactos de câmeras. Em médio prazo, a ideia é partir para modelos mais robustos e avançados, pelos quais a Canon é conhecida.
 
Sob essa estratégia está a tentativa de conter o avanço no setor de empresas como a Samsung. O crescimento da rival e de outras companhias da Coreia do Sul não chama atenção apenas por questões de concorrência. “Penso que a agressividade com que eles se lançam em novos mercados é positiva e acho que essa é uma lição que nós, japoneses, podemos aprender e aplicar em nossos negócios”, disse Maruyama.

(Valor)

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