Brasil terá 12 novos shoppings até o fim do ano

O mercado de shoppings está bastante aquecido, e as empresas estão encarando o desafio de implantar o CPC 28 – PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTO (já aprovado pela CVM, CFC, ANEEL E ANS), de acordo com Ana Cristina França, sócia-diretora da Apsis.

Este CPC prevê, entre outros, o julgamento na aplicação da definição "propriedade para investimento", a mensuração pelo seu custo e pelo valor justo, pois mesmo se a empresa escolher o método do custo, deve divulgar o valor justo da sua propriedade de investimento em cada balanço patrimonial.

Segundo o CPC, o valor justo deve, preferencialmente, ser obtido de um avaliador independente, pois o valor justo (valor de mercado) é influenciado por vários fatores mercadológicos do mercado de Shopping Centers, tais como o crescimento do volume de consumo do varejo, sua captação pelos Shopping Centers e as entradas de novos operadores e marcas internacionais afetando a concorrência de modo geral. Além disso, devem ser considerados os fatores operacionais na administração dos ativos (investimento e manutenção) e a gestão dos contratos de aluguéis e inadimplência.

Para Ana Cristina, “estes fatores são subjetivos e nada como uma empresa especializada para ter uma boa base de dados e julgamento independente na sua escolha e aplicação. Uma boa ferramenta é o software Argus usado pela Apsis, que trabalha analiticamente estes dados.”

“São Paulo – Com os corredores climatizados cada vez mais cheios, a indústria de shopping centers aumenta a velocidade de expansão no Brasil ao sabor da maré mais favorável já vivida pelo setor. Após a inauguração de quatro grandes shoppings no primeiro semestre, outros 12 abrirão as portas até o fim do ano. Em 2011, serão pelo menos mais 29 shoppings, totalizando 439 em todo o País. Atualmente, há 396 empreendimentos desse tipo.
A conta é da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), que só considera empreendimentos com mais de 5 mil metros quadrados de área locável. Incluindo shoppings menores, a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) prevê que o País fechará 2010 com mais de 750 centros em funcionamento e ganhará outros 200 até 2015, ou seja, 40 por ano.

O principal impulso do movimento vem da explosão de consumo provocada pela alta do crédito e da renda do brasileiro, que resistiu à crise e tem ajudado as vendas dos shoppings a crescerem acima do comércio em geral. Em 2009, o varejo cresceu 5,9%. Os shoppings tiveram alta nas vendas de 10% e faturamento de R$ 71 bilhões. Para 2010, a previsão é de alta de 12%.

Não são apenas os consumidores que estão de bolso cheio. Outro fator que influencia o investimento em novos shoppings é a musculatura financeira que as administradoras de shoppings alcançaram no mercado de capitais. Os principais grupos brasileiros abriram capital nos últimos anos e arrecadaram mais de R$ 4 bilhões na Bolsa.
‘O crescimento atual é o dobro da média dos últimos cinco anos, o que mostra a pujança do setor”, diz Nabil Sahyoun, presidente da Alshop. ”Depois que abriram capital, as empresas ficaram com caixa, estocaram terrenos e estão com todas as condições para os investimentos.’

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.”

(Portal Exame)

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