Cade deverá aprovar fusão entre Kroton e Anhanguera, acreditam analistas

Expectativa é de que não haja restrições significativas à fusão entre as duas empresas do setor de educação

Após o anúncio da fusão entre Kroton (KROT3) e Anhangeura (AEDU3) na última segunda-feira (22), a expectativa fica para a aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que tem 330 dias para analisar o caso. Nesta manhã, o Valor Econômico afirmou que o Conselho deve passar um “pente fino” na fusão. Contudo, os analistas não esperam que o acordo sofrerá entraves por parte do órgão regulador.
De acordo com os analistas Luis Azevedo e Tales Freire, do Bradesco BBI, dificilmente o Cade deve bloquear o acordo já que as duas companhias, juntas, têm uma fatia pequena do mercado, principalmente no segmento presencial, enquanto apenas algumas cidades têm sobreposição de negócios entre as duas empresas.
A nova empresa deve criar um grupo avaliado em R$ 13 bilhões, com presença em 80 municípios e 1 milhão de alunos.
Eles explicam que a nova empresa terá uma fatia de aproximadamente 10%, ou 5,8% do segmento de graduação presencial e 34,0% do segmento de ensino a distância. Entre os poucos requisitos que podem ser estabelecidos, Azevedo e Freire destacam algumas mudanças em relação a cidades como Jundiaí, Belo Horizonte, Sorocaba, Cuiabá e Rondonópolis.
O analista Thiago Macruz, do Itaú BBA, também diz que a fusão não deve esbarrar em impendimentos no Cade, já que há apenas 4 cidades em que as duas empresas atuam presencialmente.
Mesmo sem descartar possíveis restrições relacionadas ao segmento de ensino à distância, os analistas do Bradesco não esperam que estes possam ser significativos o suficiente para comprometer o negócio.
“As recentes aprovações do Cade sugerem que a entidade avalia os segmentos de educação em uma base regional, sugerindo que qualquer restrição significativa nesse negócio é improvável”, resume o analista do Itaú BBA, em relatório.
 
(Rodrigo Tolotti Umpieres|Infomoney)

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