Café do Centro eleva vendas com chegada do frio

SÃO PAULO – A chegada do frio tem estimulado o consumo de café, pelo menos é o que tem notado o Café do Centro, uma das maiores torrefadoras de grãos gourmet e especiais do País, que participa nesta semana da Fispal Foods, feira de alimentos que ocorre em São Paulo. De acordo com o diretor da empresa, Rodrigo Branco Peres, "o frio chegou um pouco mais cedo este ano e temos notado uma antecipação de compra de nossos clientes", diz. O Café do Centro tem cerca de 3 mil clientes no País, atuando no fornecimento de cafés para restaurantes, cafeterias, bares, entre outros.

Branco Peres considera que a estação de inverno, que começa oficialmente no dia 21 deste mês, corresponde ao pico de vendas da bebida. Ele não mostra números, mas garante que existem mais pessoas consumindo café de alta qualidade, tipo gourmet. De acordo com ele, recente pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) revelou que o segmento de cafés finos e diferenciados, embora ainda represente a menor parte do consumo geral da bebida, cresce de 15% a 20% ao ano, e está sendo impulsionado principalmente pelas cafeterias e casas de café. Em 2010 o segmento gourmet correspondeu a algo em torno de 4% do mercado nacional, ou 800 mil sacas, com uma participação entre 6% a 7% na receita, o que significa um volume de R$ 380 milhões.

O Café do Centro espera crescer 30% este ano. No ano passado, o faturamento aumentou 40%, alcançando R$ 30 milhões. De acordo com ele, a ideia é reforçar a presença no interior de São Paulo, Paraná e Nordeste. Há cerca de dois meses, o Café do Centro fincou presença em Bauru, no oeste de São Paulo. "Estamos montando base de distribuidores e revendedores no interior paulista, que tem potencial excepcional de crescimento", avalia.

A empresa mantém ainda oito lojas de café no Japão, das quais três são próprias e cinco são franqueadas. Branco Peres comenta que o Hemisfério Norte está entrando no período de verão, com altas temperaturas. Teoricamente, a tendência é de queda do consumo de café. "No Japão, ao contrário do que poderia se imaginar, essa época também é de pico de consumo, pois os jovens japoneses bebem o café gelado, em latas", explica.

Branco Peres acrescenta que o terremoto, seguindo de tsunami, ocorrido no início de março no Japão, não comprometeu os resultados da empresa. "As vendas caíram logo em seguida ao desastre, mas agora já estão normalizadas", garante.

(Tomas Okuda l Agência Estado)

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