Cemig prepara-se para novas aquisições em 2011

SÃO PAULO – A estratégia para este ano da mineira Cemig, estatal do setor de energia, tem como prioridade a busca de oportunidades de aquisição. Dentro desse movimento, o conselho de administração da empresa aprovou ontem uma proposta para a compra de ativos de geração.

O veículo principal das novas compras deverá ser a Taesa, antiga Terna, adquirida pela companhia em 2009. Em conferência com os jornalistas, o diretor de relações com investidores da Cemig, Luiz Fernando Rolla, disse que a Taesa é a empresa do grupo como maior condição econômico-financeira para bancar o crescimento da empresa no setor de transmissão.

A companhia não descarta a possibilidade de que o investimento seja feito em sociedade com a TBE, também adquirida em 2009. Uma opção, ainda discutida com sócios, é fundir a Taesa com a TBE.

A Light, outra aquisição recente da Cemig, também passa por preparação para intermediar novas aquisições. “A capacidade econômico-financeira da Light ainda está muito mal utilizada. Ela pode ser mais ágil e agressiva no programa de investimentos”, considerou Rolla.

A própria Cemig também poderá fazer aquisições, quando a empresa em questão for de maior porte. Dentro desse plano, a estatal passa por um processo de reestruturação administrativa, com a criação de novas diretorias, com o objetivo de “dar mais agilidade e eficiência na busca por investimentos”, segundo o diretor.

Fonte de recursos

A Cemig fechou 2010 com um caixa de R$ 3 bilhões. “Temos uma posição bastante confortável para permitir movimentos estratégicos do nosso plano investidor”, considerou Rolla. A estatal planeja se tornar a segunda maior empresa de energia do país nos próximos dez anos.

Outras formas de financiamento devem ser necessárias. O diretor garantiu, entretanto, que todos os investimentos serão feitos sem que se supere o teto de 2,5 vezes na relação dívida líquida/Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). “Entendemos que, para seguir crescendo, temos que manter equilíbrio forte e garantir o acesso ao mercado de crédito”.

(Luciana Seabra | Valor)

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