Como uma aliança global de hotéis de luxo quer crescer no Brasil

Quem viaja de avião está acostumado com as alianças entre as empresas aéreas, que permitem o acúmulo de milhas nas companhias participantes, entre outros benefícios, formando uma ampla rede de destinos. Com um conceito semelhante, a Global Hotel Alliance (GHA) quer expandir seus negócios no Brasil. “Começamos com foco nos Estados Unidos e Europa, que são mercados altamente rentáveis, depois passamos a explorar os países do BRIC. Agora vamos partir para Argentina e Chile”, disse a EXAME.com o inglês Chris Hartley, presidente da aliança.

Nesta sexta-feira (28/7), 14 presidentes dos 300 hotéis membros da aliança se encontram no Tivoli, em São Paulo, para discutir as estratégias de crescimento no Brasil, novos produtos, serviços e escritórios ao redor do mundo. A rede portuguesa, aliás, foi a primeira a ingressar na aliança, no ano passado.

A GHA surgiu em 2006 com o intuito de proporcionar mais competitividade à redes globais de hotéis premium e luxo. “São marcas tradicionais, mas não tão grandes. Em muitos casos são familiares, sem a pretensão de ser como Grand Hyatt, Intercontinental, Hilton e também não querem ser vendidos. A maneira para dar mais competitividade a esses hotéis foi a aliança”, explica Chris, que comanda uma equipe de apenas 20 pessoas na aliança.

As redes participantes, com diárias médias entre 360 e 4.500 reais, somam 650.000 quartos em 51 países. Entre eles há a chinesa Marco Polo, a americana Omni, a alemã Kempinski e a italiana Lungarno, que se juntou à aliança em 15 de julho, para conseguir aproveitar a quantidade de turistas brasileiros por meio do Tivoli.

Mercado brasileiro – A estável economia brasileira, que recebe um número crescente de viajantes tanto a turismo como a negócios, e a proximidade da Copa do Mundo de 2014 e dos jogos olímpicos de 2016 fazem com que o país seja um dos mercados prioritários para a aliança. No primeiro trimestre do ano, os hotéis da GHA registraram um aumento de 75% no número de reserva de brasileiros em comparação com o mesmo período de 2010.

“Porém, não há mais parcerias em vista no Brasil”, diz Chris. “Aqui é um mercado que não tem tantas redes premium ou de luxo, fora os grande grupos globais. O que pode acontecer no futuro é que algumas redes locais se juntem e aí nós passaríamos a geri-las. Por enquanto, não fazemos parcerias com hotéis individuais.”

(Marcio Orsolini l Exame)

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