Compass aumenta lucro e planeja aquisições

O grupo inglês Compass, líder mundial no fornececimento de refeições coletivas, informou ontem que seu lucro cresceu 15% no ano fiscal encerrado em 30 de setembro, após conquistar novos contratos e reduzir custos em empresas adquiridas.

O lucro líquido subiu para 675 milhões de libras (US$ 1,1 bilhão) no exercício, superando a estimativa média de 655 milhões de libras de nove analistas. O dividendo pago aos acionistas foi elevado para 17,5 pence por ação (27,6 cents de dólar). A estimativa média era de 15 pence.

As ações da Compass chegaram a subir 3,7% em Londres, a maior alta em quase quatro meses. A empresa disse ter perspectivas otimistas para novos negócios e que planeja mais aquisições, após ter gasto 205 milhões de libras (US$ 323,3 milhões) em compras em 2010, inclusive de empresas na França, no Brasil e nos Estados Unidos.

O grupo lidera o mercado brasileiro de refeições coletivas com sua subsidiária GRSA. Em maio, a filial comprou duas empresas de serviços no país: a Clean Mall e a FB Facility, especializadas em limpeza e outras atividades de suporte corporativo, como manutenção predial, recepção, jardinagem, mensageria e segurança não armada.

O CEO do grupo, Richard Cousins, comentou ontem a disposição de continuar comprando. "Temos considerável flexibilidade em nosso balanço patrimonial", disse. A ideia é adquirir empresas de pequeno e médio portes nos países onde já está presente.

Ao mesmo tempo, Cousins destacou que ainda há "muito" espaço para cortar despesas. Com uma base de custos de 13,5 bilhões de libras (US$ 21,3 milhões) o grupo conseguiu reduzir os custos unitários em 20 milhões de libras (US$ 31,5 milhões) por ano, elevando a economia total desde 2005 para mais de 100 milhões de libras (US$ 157,7 milhões).

"Continuamos nos concentrando em eficiência, mas também acreditamos que um modelo de negócios mais sustentável será baseado no reinvestimento de alguns desses ganhos de eficiência em crescimento da receita", disse a companhia em um comunicado. "Nosso foco, portanto, é encontrar o equilíbrio certo entre crescimento saudável e contínua expansão de margem."

As receitas – sem contar aquisições, alienações e variações cambiais – subiram 3,2% no ano. A empresa tem intensificado o chamado "crescimento orgânico", conquistando e renovando contratos com clientes, entre eles a Amazon.com nos EUA e a Fuji Xerox no Japão. As vendas totais cresceram 7,6%, para 14,5 bilhões de libras (US$ 22,9 bilhões).

(Armorel Kenna | Valor)

 

 

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