CPFL Renováveis planeja oferta de ação de R$ 1,5 bi

A CPFL Renováveis prepara uma oferta inicial de ações. Em princípio, o desejo da empresa é captar cerca de R$ 1,5 bilhão. A maior parte dos recursos deve ir para o caixa. No entanto, uma parte será de venda de participações dos atuais acionistas.
 
Procurada pelo Valor, a CPFL Renováveis disse que não comenta especulações de mercado.
 
Na semana passada, por conta da divulgação de balanço, a empresa informou que prevê investimentos de R$ 1,6 bilhão neste ano na construção dos projetos em andamento e também afirmou estar de olho em novas aquisições. A empresa possui um plano de projetos superior a 2,3 mil MW.

A CPFL Renováveis surgiu em agosto passado, quando CPFL Energia e Ersa uniram suas operações de geração de energia alternativa. Desde o início, uma oferta de ações já era esperada, uma vez que o bloco acionário da empresa abriga investidores financeiros. A empresa já tem registro de companhia aberta e emitiu debêntures.
 
A CPFL Energia é dona de 63% do capital da Renováveis e não deverá vender ações na oferta.
 
O restante do capital está dividido entre outros seis investidores, que deverão vender pelo menos parte de suas fatias: Pátria Investimentos (9,43%); a gestora americana Eton Park (9,24%); FIP Brasil Energia, gerido pelo BTG Pactual (7,63%); Bradesco BBI, por meio do BBI FIP Multisetorial Plus (4,99%); GMR Empreendimentos Energéticos (3,23%) e DEG, o banco de desenvolvimento do grupo financeiro alemão KfW (2,48%).
 
A empresa encerrou 2011 com lucro líquido de R$ 70,9 milhões e receita líquida de R$ 171,9 milhões. Esses números não incluem as transações de todos os ativos desde o início do ano. O resultado pro forma (que inclui todo o ano de 2011) ficaria no patamar dos R$ 468 milhões em receita.
 
A CPFL surgiu com 33 pequenas centrais hidrelétricas em operação, quatro usinas de biomassa e quatro eólicas, que juntas produziam 648 MW e faturavam R$ 500 milhões por ano.
 
Neste ano, a empresa comprou oito parques eólicos, sendo quatro em início de construção, no Rio Grande do Sul, e quatro já em operação, no Ceará.

(Valor)
 

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