A Cummins do Brasil bateu recorde de produção de motores em 2010

A Cummins do Brasil bateu recorde de produção de motores em 2010. No ano passado, foram fabricadas 96 mil unidades, 57% a mais em relação ao total de 2009 e 11,6% superior a 2008, ano considerado o melhor da história para a indústria automobilística. A empresa manteve a liderança no fornecimento de motores de caminhões, no setor de construção civil, agrícola, marítimo e de mineração.

Com a expectativa de que o ritmo de produção se mantenha forte, a companhia já estuda um local para a instalação de uma segunda planta no Brasil. A nova unidade deve começar a produzir a partir de 2013, com previsão de que fique pronta em 2020, quando dobrará a capacidade da empresa.

"Estamos tranquilos para atender as encomendas futuras, mas estudamos locais e os investimentos necessários para essa segunda fábrica”, conta o vice-presidente da Cummins América Latina, Luis Afonso Pasquotto.

Para este ano, a projeção do executivo é de que sejam fabridos 106 mil motores, 10% a mais que em 2010. Atualmente, a capacidade produtiva da fábrica de Guarulhos (SP), a única da empresa no Brasil, é de 113 mil unidades.

No mercado latinoamericano, excluindo o México, a multinacional faturou US$ 1,3 bilhão no ano passado, número que se iguala ao resultado recorde de 2008. Em relação a 2009, houve avanço de 36%. A projeção é de que, até 2014, o faturamento alcance US$ 2,2 bilhões.

No último trimestre deste ano, está prevista a inauguração de uma fábrica de catalisadores, que ficará nas instalações atuais, em Guarulhos.

O negócio de motores respondeu por 65% das receitas na América Latina no ano passado, seguido de distribuição (18%), geradores de energia (10%) e componentes (7%).

Mas a tendência é de que as vendas de geradores de energia ganhe espaço nos próximos três anos, acompanhando uma tendência vista na Cummins Inc., em que o segmento tem participação de 20% das receitas da multinacional. Esse mercado é estratégico pois os geradores de energia possuem maior valor agregado.

“O crescimento do PIB é muito maior do que a capacidade de fornecimento de energia. Com as futuras obras de infraestutura para a Copa e Olimpíadas, a demanda por motores, energia e filtros, vai crescer e estamos preparados para atender o mercado”, afirma Pasquotto.

Em 2010, o market share de unidade brasileira da Cummins Power Generation foi de aproximadamente 35%, considerando a venda de motores para outras montadoras e grupos geradores. As empresas de locação tiveram participação de 40% nas vendas no período.

“Tivemos uma forte participação em projetos com grupos geradores de alta potência, especialmente para empresas de rental e usinas termoelétricas”, diz o diretor da Cummins Power Generation para Brasil e Cone Sul, Fausto Ferrari. Outro mercado chave para a empresa é o de datacenters.

Para 2011, a Cummins prevê investimentos da ordem de R$ 40 milhões, que serão prioritariamente destinados para a área de novos produtos e tecnologias. No ano passado, a companhia inaugurou no país um laboratório para testes de motores e capacitação de engenheiros.

A participação da América Latina no resultado da multinacional, que é uma das maiores fabricantes independentes de motores do mundo, vem crescendo e alcançou 10% em 2010. A Cumins Inc.,registrou no ano passado faturamento global de US$ 13,2 bilhões, 23% superior à receita bruta de 2009.

(Ana Luísa Westphalen | Valor)

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