DealMaker fecha parceria para fusões

De olho no interesse tanto de estrangeiros em busca de oportunidades no país como na tendência de internacionalização das empresas brasileiras, a butique brasileira de fusões e aquisições DealMaker fechou uma parceria com a britânica Arma Partners.
 
Com o acordo, as duas empresas atuarão de forma conjunta na assessoria de fusões e aquisições entre empresas nacionais e estrangeiras. O acordo de exclusividade vale apenas para negócios na área de tecnologia, mídia e telecomunicações, especialidade da firma britânica, segundo Marcos Mellão, um dos sócios da DealMaker.
 
A expectativa é de que a parceria renda de dois a quatro negócios no primeiro anos, segundo o executivo. "Apesar da crise externa, as empresas estão com boa situação financeira e com caixa para aquisições", afirma. Caso a experiência seja bem sucedida, a butique brasileira pode realizar acordos semelhantes com outras firmas especializadas.
 
A DealMaker possui dez anos de mercado, e atua tanto em projetos de fusões como em reestruturações – algumas vezes os dois ao mesmo tempo. Foi o caso da GRV Solutions, empresa que operava o sistema de gravames de veículos e vinha sendo preparada para a abertura de capital, mas acabou vendida para a Cetip no fim de 2010. No ano passado, a DealMaker intermediou sete negócios, entre eles a venda da Sascar, empresa de rastreamento de veículos, para a GP Investimentos.
 
A escolha da Arma foi feita em consequência da experiência dos sócios da DealMaker nos setores nos quais a parceira atua, segundo Mellão. Ao contrário da maior parte das butiques independentes de assessoria financeira, os executivos da DealMaker são egressos de empresas, e não de bancos de investimento. Mellão, por exemplo, foi executivo da Telefônica e da Optiglobe – atual Tivit. Ao firmar o acordo, a DealMaker também traçou um caminho diferente de outras butiques, que optaram por ingressar em uma rede internacional composta por várias empresas.
 
Com escritórios em Londres, Palo Alto (EUA) e Israel, a Arma Partners foi criada em 2003, logo após o estouro da bolha das pontocom, e acabou crescendo junto com a recuperação do mercado de tecnologia. No ano passado, prestou assessoria em dez transações, com valores entre US$ 47 milhões e US$ 140 milhões. Além do Brasil, a Arma possui parcerias semelhantes na Austrália e no Japão.

(Vinícius Pinheiro | Valor)
 

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