Elog estuda criar mais três unidades em 2012

Até esta semana, o grupo EcoRodovias tinha em seu portfólio três empresas de logística com estruturas separadas: Elog, Columbia e Eadi Sul. Mais de um ano após a compra das duas últimas, a companhia passará a ter estruturas, sistemas e profissionais integrados. A marca Elog reunirá as atividades logísticas do grupo e terá como responsabilidade impulsionar os negócios no setor a partir do ano que vem. Com 17 portos secos e centros de distribuição rendendo faturamento de R$ 286 milhões no último ano, a EcoRodovias estuda a instalação de mais três unidades em 2012: uma no Sul, outra no Sudeste e a primeira localizada fora dessas regiões, no Norte ou no Nordeste.

"Recursos existem", garante o presidente da Elog, Luis Opice. Segundo ele, a ocupação da armazenagem no Paraná está quase no limite. "Estudamos áreas na região metropolitana de Curitiba com pelo menos 200 mil metros quadrados", disse. No Estado, atualmente a empresa conta com três unidades na capital (sendo um centro de distribuição e dois portos secos), além de um armazém em Foz do Iguaçu. Quanto à unidade no Norte ou no Nordeste, o presidente se limita a dizer que pode ser um centro logístico de distribuição ou um local voltado à atividade portuária. No Sudeste, não adianta detalhes.

Até 2012, os investimentos totais da Elog somarão R$ 293,2 milhões. O principal projeto em andamento é a construção da maior unidade da empresa, com área total de 1,8 milhão de metros quadrados, em Campinas. Ele fará a ligação entre o aeroporto de Viracopos e a unidade de Cubatão (próxima a Santos). O processo de concessão do aeroporto, inclusive, é alvo de interesse da EcoRodovias – já manifestado ao Valor em junho. "Caso o grupo entre na concessão, isso será positivo, pois as atividades se somarão aos nossos serviços na unidade de Campinas", diz Opice.

Para este ano, a empresa se focará na integração das companhias. Para o ano que vem, estão previstas atividades para o crescimento. Analisando-se os dados de 2010 no balanço do grupo, as operações em logística geraram R$ 285,8 milhões de receita bruta, o que representa aproximadamente 15% do faturamento total do grupo. A maior parte é oriunda das concessões rodoviárias, com mais de 80% de participação nas receitas. A EcoRodovias detém 80% das ações (os 20% restantes são do Fundo Logística Brasil, que entrou na empresa em fevereiro de 2010).

Além das novas unidades, a empresa tem procurado ampliar as já existentes. Atualmente, a maior delas é a de Cubatão, com 443 mil metros quadrados de área total. A capacidade desse complexo será ampliada com a construção de uma área de armazenagem com 8 mil metros quadrados. Outro investimento será a ampliação de 36 mil metros quadrados até 2012 na unidade Imigrantes, em São Bernardo do Campo – região metropolitana da capital paulista.

O presidente não descarta novas aquisições de empresas do setor. "Nesse setor, integrar tecnologia, profissionais e estruturas demora um certo tempo, mas estamos sempre de olho em oportunidades", diz ele. "Nossa preferência é por empresas de médio porte que venham a somar com tecnologia e know-how", diz ele.

(Fábio Pupo | Valor)

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