Empresa Brasileira de Pesquisa Industrial começa a operar esta semana

A Empresa Brasileira de Pesquisa Industrial (Embrapii), chamada pelo governo de a "Embrapa das indústrias", começa a operar formalmente nesta semana, de acordo com o secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT), Luiz Antonio Elias. Segundo ele, o governo vai direcionar R$ 90 milhões para o caixa da empresa nos próximos dois anos.

Inicialmente, a Embrapii vai trabalhar em parceria com três instituições: o Instituto Nacional de Tecnologia (INT), no Rio; o Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT), em São Paulo; e o centro de pesquisa do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) da Bahia. A meta do governo é chegar a 30 centros de pesquisa até o fim do mandato de Dilma. O Senai promete investir R$ 1,5 bilhão até 2014 na criação de institutos de inovação e laboratórios.

A Embrapii pretende aproximar pesquisadores e empresários. Pelo modelo de negócios, o governo federal vai financiar um terço do custo da pesquisa. Os outros dois terços serão divididos entre a instituição de pesquisa e a própria empresa. Isso significa que o compromisso de aporte de R$ 90 milhões do governo federal pode totalizar até R$ 270 milhões em investimentos via Embrapii, caso haja demanda do setor privado.

– A Embrapii é uma instituição articuladora, capitaneada por governo federal, governos estaduais e setor empresarial. Não é uma instituição que vai ter uma estrutura pesada – disse Elias ontem, após reunião na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo.

Entre as áreas a serem priorizadas pela Embrapii estão o petróleo, especialmente o pré-sal; nanotecnologia; biotecnologia; tecnologias da informação, em que entra semicondutores, microeletrônica e software.

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, que também esteve no evento, disse que os planos de investimento do governo estão mantidos, mesmo no cenário de adversidade da economia mundial.

Coutinho também falou sobre a vinda de novas fábricas da fabricante taiwanesa de componentes eletrônicos Foxconn.

– Estamos em processo de detalhamento do plano de negócio, avaliação. É ainda muito prematuro fazer qualquer avaliação de participação e volume de investimentos – disse Coutinho.
 
(Paulo Justus l O Globo)

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