Fusão cria companhia com sites voltados ao público feminino

O grupo de mídia digital Bolsa de Mulher e a e-Mídia anunciam, hoje, a fusão de suas operações. Juntas, as companhias formarão o GrupoMulher, que nasce com audiência de 17,5 milhões de usuárias mensais.

A e-Mídia foi fundada há 14 anos e administra os sites Vila Mulher, Cyber Cook e Cyber Diet. Os dois últimos são responsáveis por 70% do negócio. Já a empresa Bolsa de Mulher, que pertence à IdeiasNet – com participações em várias companhias de tecnologia e internet – existe desde 2000 e tem como carro-chefe o portal de mesmo nome.

Detalhes financeiros do negócio, incluindo a divisão societária, não foram divulgados, mas Carla Esteves, até então executiva-chefe do Bolsa de Mulher, vai assumir a presidência da empresa resultante da fusão. Alexandre Canatella, presidente da e-Mídia, vai assumir o posto de principal executivo de operações do GrupoMulher.

Com o novo negócio, a expectativa é elevar a audiência dos sites do grupo em 40% no ano que vem, diz Canatella. Juntos, o Bolsa de Mulher e a e-Mídia preveem uma receita de aproximadamente R$ 18 milhões neste ano. Em 2012, a expectativa da companhia é mais que dobrar o faturamento, atingindo a marca de R$ 40 milhões.

"As negociações sobre a fusão surgiram a partir de conversas da e-Mídia e da IdeiasNet sobre as boas perspectivas para a área de negócios digitais no país", afirma Canatella.

As companhias estudaram a fusão de suas operações durante quatro meses. Nesse período foram realizadas pesquisas para medir até que ponto elas disputavam o mesmo público. Segundo Carla Esteves, o índice de duplicidade foi de 20%, ou seja, a cada 100 pessoas, apenas 20 acessavam os sites pertencentes às duas companhias.

Inicialmente, o GrupoMulher não prevê receber aportes financeiros. Em 2012, a empresa pretende intensificar o processo de integração das operações. A expectativa é de que a área tecnológica seja uma das que rendam mais ganhos para a companhia. "Pretendemos integrar a infraestrutura de tecnologia da informação (TI) e o desenvolvimento de aplicativos", diz Canatella.

O progressivo crescimento da audiência brasileira na internet e a expansão das conexões rápidas, por meio do acesso em banda larga, foram fatores que influenciaram positivamente a fusão das duas companhias, de acordo com o executivo. "Há muitas oportunidades de fusões e aquisições no mercado digital brasileiro", afirma Canatella.

(Bruna Cortez | Valor)

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