GA.MA Italy prevê dobrar faturamento no Brasil

Segunda colocada no mercado de chapinhas no Brasil, atrás apenas da nacional Taiff, a fabricante GA.MA Italy planeja dobrar seu faturamento no país, de R$ 120 milhões, até o ano que vem. O plano envolve investimento de R$ 6 milhões na ampliação de sua fábrica em Manaus e aumento de 40% nos gastos com marketing, que somam cerca de R$ 20 milhões ao ano. Os produtos que devem alavancar o crescimento são os secadores de cabelo e as máquinas de corte, seguidos pela chapinha.

Para comandar o plano agressivo no Brasil, a GA.MA enviou ao país um de seus executivos globais, que nos últimos anos estava responsável pelas operações na China e pelo abastecimento global do grupo. O argentino criado no Brasil Christian Hartenstein assumiu em fevereiro a diretoria- geral da companhia no país. "Este ano, a GA.MA colocou o Brasil no centro do crescimento nos próximos três anos", afirma.

Hoje 70% das chapinhas e dos secadores da marca vendidos no Brasil são produzidas na fábrica em Manaus, instalada há cinco anos. O plano da empresa italiana é elevar esse percentual para 90% até o ano que vem. Além de focar o abastecimento do mercado nacional, a unidade brasileira vai exportar algumas linhas de produtos para a América Latina. O grupo tem ainda fábricas na Itália, na China e na Argentina, sendo a italiana a principal responsável pelo design dos itens.

O Brasil também terá um centro de desenvolvimento de produtos, para dar conta das particularidades da demanda nacional e regional. Funcionários locais já estão sendo treinados por profissionais da China, da Itália e da Argentina (onde ficam os outros centros de desenvolvimento) e o trabalho deve ser iniciado em fevereiro. "O tamanho do mercado justifica uma atenção especial à mulher brasileira", afirma o executivo.

A fabricante espera dobrar as vendas de máquinas de cortar cabelo importadas no país, puxada principalmente pela demanda masculina. O item é usado também para depilação. "Os homens estão se depilando cada vez mais", justifica Hartenstein. "Já temos 50% do mercado argentino e chileno nessa parte, mas aqui ainda temos pouco." A empresa no entanto, não planeja fabricar o produto no Brasil. A planta brasileira é direcionada apenas para chapinhas e secadores.

Além da ampliação da produção, a GA.MA está apostando no marketing para sustentar seu crescimento, com a volta à grande mídia, de onde ficou afastada por quase três anos.

(Adriana Meyge | Valor)

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