Hypermarcas pretende incorporar Luper à subsidiária Brainfarma

A Hypermarcas convocou assembleias gerais de acionistas e debenturistas para 15 de junho com o objetivo de colocar em aprovação a cisão da Luper Indústria Farmacêutica da estrutura organizacional da companhia. Os ativos e passivos da empresa seriam repassados à subsidiária Brainfarma.
 
Para isso, a Hypermarcas prevê a transferência de 678 mil ações para a controlada Brainfarma, reduzindo o capital social do grupo em R$ 7,2 milhões, para R$ 5,2 bilhões.
 
Caso a operação seja aprovada, serão emitidas outras 678 mil ações da Brainfarma, no valor de R$ 7,2 milhões, e que serão totalmente subscritas pela Hypermarcas. Assim, o capital social do grupo volta a ser de R$ 5,2 bilhões.
 
As assembleias deverão também deliberar sobre o laudo de avaliação das operações feito pela CC Continuity Auditores para realização da cisão.
 
O objetivo de todo o processo, segundo a proposta da administração, é ocupar capacidade ociosa de algumas de suas fábricas com o repasse da marca Luper à sua controlada. Para a Hypermarcas, será possível alcançar sinergias dentro da organização societária, ganhando escala de produção, reduzindo custos e aumentando a produtividade.
 
A reincorporação de papéis da Brainfarma será realizada para tornar a empresa uma subsidiária integral, sem perdas para os acionistas da Hypermarcas. Depois da transferência dos ativos e passivos, a controladora teria 98,2% do capital social da Brainfarma, passando esse percentual a ser de 100% depois da incorporação de ações pretendida.
 
Além disso, a companhia informou que os detentores de papéis da Brainfarma terão direito de recesso no prazo de 30 dias, a contar da publicação da ata, caso a operação seja aprovada. Para os acionistas da Hypermarcas, não haverá esse direito, pois não ocorria mudança no controle ou alterações organizacionais da companhia.
 
Diretoria
 
Está prevista ainda na assembleia convocada para 15 de junho, a criação de três cargos de direção na companhia. A ideia é instituir os cargos de diretor-presidente para as áreas de medicamentos e consumo, além de diretor tributário. Com isso, os executivos dessas áreas se tornariam diretores estatutários.
 
Para a Hypermarcas, a mudança formaliza as funções desempenhadas anteriormente e tem como objetivo também melhorar a eficiência da gestão. A alteração também vai “tornar as responsabilidades compatíveis com as funções”, informou a companhia.
 
Os detentores de títulos também vão deliberar sobre as denominações dos cargos da diretoria, que deverá, a partir da aprovação da proposta, ser composta por no mínimo três membros e no máximo dez membros.
 
(Renato Rostás | Valor)

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