Imóvel usado fica 3,53% mais barato em outubro em SP

Os imóveis usados não sustentaram a alta de preços registrada em setembro, quando haviam aumentado 5,81%. Eles ficaram 3,53% mais baratos em outubro, segundo a média de preços de todas as operações de venda registradas em 529 imobiliárias da Capital pesquisadas pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Crecisp).

A queda de preços foi acompanhada de uma redução nas vendas, de 25,59% As imobiliárias negociaram 212 casas e apartamentos em outubro, o que fez o índice de vendas fechar o mês em 0,4008. Em setembro, o índice chegara a 0,5386. "Quando se olha o quadro geral das vendas neste ano, fica claro que o mercado não alcançou uma estabilidade de linha de produção", diz José Augusto Viana Neto, presidente do Crecisp.

Ele se refere ao fato de o mercado alternar períodos curtos de alta com períodos de baixa nas transações.

"A ampliação e a participação regular do financiamento, em condições mais acessíveis de juros e encargos, é que vai dar a estabilidade de mais longo prazo desejada para o mercado de imóveis usados", ressalta Viana Neto. Ele acrescenta que os financiamentos em condições mais favorecidas são o único meio de se garantir também, a ampliação das vendas na faixa mais necessitada, a dos imóveis populares.

Esse tipo de imóvel de menor preço está localizado em bairros mais afastados das áreas central e nobre da Capital, como São Mateus, Pedreira, São Miguel Paulista. Eles são agrupados pela pesquisa Crecisp na Zona E, que em outubro respondeu por apenas 7,08% das vendas nas imobiliárias consultadas.

Mais de 50% das vendas (55,66%) aconteceram nas regiões mais nobres e caras, as Zonas A e B, onde estão bairros como Campo Belo e Pompéia. Não por acaso, os imóveis usados de valor superior a R$ 200 mil são os mais vendidos na Capital paulista desde junho de 2008. Essa faixa de valor tem, evidentemente, compradores menos dependentes do crédito imobiliário do que o segmento popular.

Apartamentos

Dos 212 imóveis vendidos em outubro pelas 529 imobiliárias pesquisadas pelo Crecisp, 72,17% eram apartamentos e 27,83%, casas. Foram vendidos à vista 58,49%, e 38,68% trocaram de dono graças a financiamento de bancos.

As vendas com pagamento parcelado pelos proprietários somaram 2,36% do total e as realizadas por meio de crédito de consórcios imobiliários os restantes 0,47%.

Os imóveis mais vendidos na Capital em outubro foram, novamente, os de valor médio superior a R$200 mil – eles representaram 71,65% do total. O maior aumento de preços registrado pela pesquisa Crecisp foi o de casas standard construídas há mais de 15 anos em bairros da Zona D, como Sapopemba, Socorro e Tremembé, entre outros. Elas eram vendidas em média por R$1.516,41 o metro quadrado em setembro, valor que passou a R$2.678,63 em outubro – alta de 76,64%.

(Monitor Mercantil)

 

 

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