Itaú BBA acredita em IPO da CPFL Renováveis

Os analistas do Itaú BBA acreditam que a eventual abertura de capital da CPFL Renováveis é vista como um “importante catalisador para os acionistas da CPFL”.
 
A subsidiária da CPFL que atua em energia renovável adquiriu 120 MW em projetos eólicos da Cobra Instalaciones y Servicios no Rio Grande do Sul.
 
Os ativos possuem energia assegurada de 52,7 MW em média (44% de fator de carga), vendida em um leilão que aconteceu em agosto de 2010 e com início de entrega em janeiro de 2013.
 
O analista Marcos Severine, do Itaú BBA, avalia que a aquisição representa um crescimento de capacidade produtiva de 8% para a CPFL Renováveis (de 1,4 MW para 1,6 MW), “se considerarmos apenas as usinas operacionais e os projetos com PPAs firmados”.
 
Levando-se em consideração que o segmento de energia eólica é ainda bastante fragmentado no Brasil, observa Severine, “vemos a CPFL Renováveis como uma das empresas consolidadoras líderes”.
 
Para o analista,  há espaço para que a empresa alcance 2 GW através de aquisições até  junho, quando a companhia deve estar preparada para uma oferta inicial de ações.
 
“O  IPO da CPFL Renováveis irá desbloquear um valor significativo para os acionistas de CPFL, uma vez que irá acarretar em um valuation mais preciso da contribuição da CPFL Renováveis à soma das partes da CPFL”, afirma, em relatório.
 
Por ora, a recomendação do Itaú BBA para CPFL é “outperform” (desempenho acima da média do setor), com  valor justo de R$ 29,0 por ação para o final de 2012 — este preço não inclui  os projetos de energia eólica adquiridos, dado que o preço de aquisição ainda deverá ser anunciado.
 
(Ana Paula Ragazzi | Valor)

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