Lazard pede outro laudo de Redecard

O fundo Lazard, acionista da Redecard com mais de 10% das ações em circulação, quer um novo laudo de avaliação da companhia no processo de fechamento de capital promovido pelo controlador da credenciadora de cartões, o Itaú Unibanco.

O acionista minoritário solicitou a convocação de assembleia geral para deliberar o assunto, segundo comunicado divulgado na sexta-feira pela Redecard. O Lazard não estava contente nem com o preço nem com a postura do Itaú perante os investidores, como mostrou o Valor.

No fim da tarde de sexta, o conselho de administração da Redecard convocou assembleia geral especial para deliberar sobre a nova avaliação para o dia 18 de maio, às 15h. O pedido do Lazard falava em uma data até 4 de maio.

O laudo elaborado pelo banco Rothschild em 9 de abril avaliou a empresa em R$ 24,16 bilhões, equivalente a R$ 35,88 por ação.

Na semana passada, Roberto Egydio Setubal, presidente do Itaú, foi firme em decretar que os R$ 35 por ação propostos para a oferta de aquisição das ações não são negociáveis. Em teleconferência com analistas, ele negou o tom de ameaça do fechamento de capital e reforçou a ideia de que a Redecard tem menos potencial como empresa independente do que sob controle total do Itaú. "Se os acionistas quiserem continuar como acionistas, tudo bem, mas nos sentiremos mais livres para tomar o caminho que quisermos tomar."

Setubal deixou clara a intenção de que, em breve, o banco passará a fazer sozinho as atividades de emissão, credenciamento, captura e liquidação de cartões.

(Conrado Mazzoni | Valor Econômico)

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