Lopes mira aquisições e imóveis usados para crescer

Inexplorado e pulverizado, o mercado de imóveis usados foi eleito pela Lopes como gatilho para impulsionar o crescimento do maior grupo imobiliário do país.

O mercado de imóveis secundários, que costumava ter participação "marginal" nos negócios da empresa, segundo o vice-presidente financeiro, Marcello Leone, hoje responde por 22 por cento das operações do grupo, volume que pode chegar a ocupar espaço de igual para igual com os empreendimento novos, no longo prazo.

"É possível crescer muito mais nos próximos anos em (imóveis) usados do que em novos. É uma oportunidade clara para voltar a ter um crescimento mais forte", disse ele à Reuters.

A estratégia traçada pela Lopes para consolidar esse segmento, formado em grande parte por empresas de pequeno parte, é a mesma que vem sendo adotada nos últimos 12 meses, período em que a companhia adquiriu 12 imobiliárias menores.

"Vamos continuar fazendo aquisições nesse e no próximo ano, é uma estratégia contínua", afirmou Leone, assinalando que o foco será mantido nas regiões Sul e Sudeste e no Distrito Federal. O executivo descartou, entretanto, movimentos para ingressar em mercados onde a empresa ainda não atua nas regiões Nordeste e Centro-Oeste.

Em 2011 até agora, a Lopes realizou cinco aquisições, sendo duas em São Paulo, uma em Minas Gerais, uma em Brasília e uma no Paraná.

Além de um oportunidade pouco explorada, a entrada no segmento de usados representa uma forma de equilibrar as operações do grupo, ficando menos vulnerável a uma eventual flutuação de lançamento e demanda por unidades novas, de acordo com o executivo.

"Grande parte (das aquisições) vai estar focada no mercado secundário e naturalmente essa fatia vai começar a crescer. Como o mercado é muito pulverizado, existe uma oportunidade muito grande de consolidação", acrescentou.

Para apoiar tais movimentos, Leone considera a situação financeira da companhia "tranquila", dispensando a necessidade de capitalização para cumprir o plano traçado.

(Vivian Pereira l Reuters)

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