Nautilus Hyosung desembarca no país

Pouco conhecida no mercado nacional, a fabricante de caixas eletrônicos coreana Nautilus Hyosung está desembarcando no país com planos de se tornar a segunda maior vendedora desse tipo de equipamento em um período de cinco anos. "O objetivo, no longo prazo, é vender pelo menos 10 mil máquinas por ano", diz o executivo-chefe da companhia, Hyun Sik Sohn, em entrevista ao Valor.

Fundada nos anos 80, a Nautilus atua em 23 países e fatura US$ 500 milhões. A empresa está entre os principais fornecedores dos caixas eletrônicos que ficam instalados em lojas de conveniência, hotéis e aeroportos dos Estados Unidos. Seu interesse pelo Brasil começou há cerca de um ano e faz parte de um processo de internacionalização de suas atividades, iniciado pelo ex-executivo-chefe, P.K. Ryou, que deixou o cargo em fevereiro.

A operação no país conta com seis funcionários e um escritório no bairro do Itaim, zona Sul de São Paulo. O primeiro cliente também já foi conquistado. A TecBan, empresa que administra a Rede 24horas de caixas eletrônicos, está fazendo testes com os equipamentos em alguns pontos do país.

Segundo Sohn, a Nautilus pretende investir pelo menos US$ 10 milhões para estruturar sua operação no Brasil. Praticamente metade dos recursos será usada para estruturação de um escritório e contratação de pessoal. A outra parte será investida na fabricação dos caixas eletrônicos. De acordo com Sohn, a produção será feita localmente, por encomenda a uma empresa brasileira. O nome da companhia não pode ser revelado, diz Sohn. A única informação é de que a empresa fica na região de Campinas.

Mas a produção terceirizada tem prazo para acabar. De acordo com o executivo, a Nautilus montará sua própria fábrica no país em um período de dois a três anos. Para essa empreitada, diz o executivo, o valor a ser investido dependerá do ritmo de crescimento dos negócios. "A estimativa é de que o faturamento no Brasil atinja US$ 100 milhões em três anos", afirma Sohn.

De acordo como executivo, o principal desafio no país será atender os requisitos de segurança dos bancos brasileiros. "As exigências são muito maiores do que as feitas em outras regiões", diz. Questionado sobre a recente onda de ataques a caixas eletrônicos no Brasil, Sohn não se mostrou preocupado: "Podemos ajudar a lidar com esse problema trazendo a experiência e a tecnologia internacional."

(Gustavo Brigatto | Valor)

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