Número de fusões e aquisições cai 6% no Brasil, diz relatório da PwC

Os anúncios de fusões e aquisições no Brasil no ano passado foram 6% inferiores, somando um total de 746 transações, quando comparados a 2010 (797 negócios), conforme relatório divulgado nesta terça-feira (17) pela PricewaterhouseCoopers (PwC).
 
Apesar da redução, o segmento de M&A (sigla em inglês para fusões e aquisições) continua "aquecido", "confirmando uma menor sensibilidade das instabilidades e incertezas dos mercados internacionais", destacou a consultoria.
 
Na comparação com o resultado de 2007, ano considerado referência nacional e internacional de atividades econômicas (com 722 negócios), o balanço de 2011 apresentou elevação de 3% nos negócios anunciados.
 
Depois do esfriamento nas negociações durante o terceiro trimestre de 2011, o mês de dezembro foi destaque com 75 transações anunciadas. No entanto, o volume é menor que o registrado no mesmo mês dos anos de 2010 e 2009, com 95 e 78 transações, respectivamente.
 
As transações cujo valor foi divulgado (273 negócios ou 36 do universo total), somaram US$ 49,9 bilhões, o que corresponde a uma média de US$ 183 milhões por negócio. Entre os maiores negócios anunciados estão a compra de fatia da Usiminas pela Ternium, de US$ 2,7 bilhões, e a aquisição da Schincariol pela Kirin, de US$ 2,5 bilhões.
 
O relatório mostra que o mercado brasileiro é caracterizado por transações de pequeno e
 médio porte, com baixa ou nenhuma alavancagem. Os 10 maiores negócios divulgados concentram 33,7% do valor dos US$ 49,9 bilhões.
 
Setores

 O perfil multissetorial foi mantido, com o segmento de tecnologia da informação liderando os negócios anunciados, com 11% do volume. Foram 79 transações em 2011 contra 71 no ano imediatamente anterior. Alimentos ocuparam a segunda colocação no ranking de fusões e aquisições, com 66 negócios. Química e bancos vieram em seguida, com 64 e 61 operações, respectivamente.
 
Liderança dos brasileiros
 Os investidores nacionais participaram da maioria das negociações (63%) no ano passado, respondendo por 400 aquisições de participação (controladora ou não). Em 2010, foram 403 negócios. Em seguida, vieram os investidores estrangeiros, que estiveram presentes 237 transações, participação inferior aos 267 negócios observados em 2010.
 
"Após período de constante interesse por parte do investidor estrangeiro no país, nota-se uma leve redução da atividade deste investidor em relação ao ano anterior. Este fenômeno foi observado nos últimos meses, como reflexo à instabilidade do mercado e a crise internacional", destaca a PWC.
 
Os fundos de private equity marcaram presença em 42% dos negócios de fusões e aquisições no Brasil em 2011. Segundo a PwC, a participação desses investidores saltou de 11% para 42% nos últimos cinco anos, chegando a atingir 44% em alguns períodos do ano passado.

(G1)

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