Oi esclarece à CVM interesse pela GVT

Em nota enviada à BM&FBovespa e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na sexta-feira, a operadora de telefonia Oi informou que “examina permanentemente novas oportunidades de negócios, incluindo participação em empresas de telecomunicações, a exemplo daquelas realizadas recentemente, sempre no âmbito do marco regulatório em vigor”.
 
A nota foi uma resposta ao pedido de esclarecimento feito pela BM&FBovespa, sobre a matéria publicada pelo Valor na sexta-feira, sob o título “Interessada na GVT, Oi começa a estudar viabilidade de acordo”. No texto, o presidente da Oi, Francisco Valim, afirma que a empresa está “começando a fazer uma análise sobre a GVT”.
 
Na nota, assinada pelo diretor de relações com investidores da Oi, Alex Waldemar Zornig, a empresa diz que “especificamente no que se refere à GVT, as atuais condições financeiras do negócio não geraram interesse para a companhia” e que “eventuais desenvolvimentos, se, e quando existentes, serão imediatamente comunicados ao mercado”.
 
O Valor apurou que a Oi mantém o interesse na GVT. Conforme apontaram fontes do mercado, a iniciativa seria uma ação defensiva da companhia, ex-Telemar e Brasil Telecom. Com a aquisição, a Oi poderia reaver os clientes que perdeu para a GVT, sua antiga “espelho”.
 
O problema é que o grupo Vivendi, dono da GVT, está pedindo um preço que o mercado considera alto demais: seriam, no mínimo, € 7 bilhões, montante que dificilmente a Oi ou outro grupo de telefonia no Brasil teria condições de pagar. A Vivo e a TIM, outras duas grandes teles em operação no país, têm matrizes – a Telefónica e a Telecom Italia, respectivamente – que enfrentam problemas de caixa.
 
Mesmo que o governo federal tivesse interesse em fortalecer a posição da Oi como uma operadora de controle nacional, com recursos do BNDES, o preço é considerado muito alto, avalia um analista. Na sexta-feira, a ação OI PN encerrou com queda de 3,29%, cotada a R$ 7,93.

(Valor)

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