Oi vai retomar venda de aparelhos de celular

SÃO PAULO – A operadora de telefonia Oi vai voltar a vender aparelhos de celular, negócio que abandonou alguns anos atrás. O crescimento da demanda por dispositivos como smartphones e tablets levou a empresa a rever sua estratégia, afirmou ao Valor o diretor da Oi para o segmento varejo, Maxim Medvedovsky.
 
“Quando a Oi saiu do subsídio e da venda de aparelhos, não se vislumbrava o advento dos smartphones. Agora, a coisa mudou de figura”, disse o executivo.
 
Segundo ele, a operadora está em negociação com fornecedores com o objetivo de voltar a vender e a subsidiar esses aparelhos nos pacotes de maior valor. Medvedovsky não estipulou um prazo para essa mudança ser efetivada. “Há um aumento na demanda por serviços de dados. A massificação desses aparelhos vai ser importante”, observou.
 
Alguns anos atrás, a Oi parou de vender aparelhos subsidiados e bloqueados. A operadora também deixou de negociar as compras dos terminais junto aos fabricantes e passou a atuar somente como distribuidora – passando a vender os produtos de terceiros em suas lojas a preço cheio, mas parcelados no cartão de crédito.
 
No entanto, afirmou o diretor, a Oi percebeu que vender smartphones era uma forma de conquistar assinantes para os planos de dados. “A oferta desses aparelhos é o primeiro fator na hora em que o cliente escolhe a operadora”, afirmou.
 
A Oi não é a única. A rival TIM também definiu como prioridade as vendas de smartphones e pretende que esses aparelhos estejam nas mãos de pelo menos 20% de sua base de assinantes até o fim deste ano.
 
O novo presidente da Oi, Francisco Valim, já havia sinalizado a volta da operadora para o mercado de aparelhos. Durante evento de telecomunicações em setembro, o executivo afirmou que essa possibilidade estava em análise.
 
A companhia, que perdeu participação de mercado em 2010 e 2011, está redefinindo sua estratégia para voltar a crescer. A operadora fechou o terceiro trimestre com 42,8 milhões de assinantes de celular, o que equivale a 18,84% das linhas de telefonia móvel do país.
 
(Talita Moreira | Valor) 

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