Olimpíadas: Zona Portuária terá megaempreendimento imobiliário

Serão construídos 2.000 imóveis, dois hotéis cinco estrelas e um centro de convenções

O Cômite Organizador da Rio 2016 e a Prefeitura do Rio vão anunciar nesta quinta-feira um megaempreendimento imobiliário que será usado pelos Jogos Olímpicos de 2016. Na presença de membros com Cômite Olímpico Internacional (COI), será formalizado um acordo com a empresa Solace, que fechou negócio com o Fundo Imobiliário do Porto Maravilha, para a construção de cerca de dois mil imóveis de dois e três quatros, além de dois hotéis cinco estrelas com 500 quartos e um centro de convenções em três terrenos, localizados na Zona Portuária.
 
Os empreendimentos vão servir de hospedagem para jornalistas e para o pessoal de apoio que estarão no Rio durante as Olimpíadas. Após os jogos, os imóveis serão ocupados pela iniciativa privada. Os dois mil imóveis começam a ser construídos até o fim do ano no terreno da Praia Formosa, atrás da Rodoviária Novo Rio.
 
— Vamos lançar um programa de carta de crédito para financiar a compra de imóveis para servidores públicos nessa região — disse o prefeito Eduardo Paes, nesta quarta-feira, ao anunciar incentivos para a área.
 
No terreno da Praia Formosa, é possível construir imóveis de até 30 andares, mas somente nesta quinta-feira serão divulgados detalhes do projeto. Já os hotéis e os centro de convenções serão erguidos em um antigo prédio da Cedae e em um terreno atualmente ocupado pela usina de asfalto da prefeitura. O gabarito máximo nesta área chega a 50 pavimentos. O compromisso é que todos os empreendimentos estejam prontos até dezembro de 2015, oito meses antes dos Jogos Olímpicos de 2016.
 
Mais 3 mil imóveis em Jacarepaguá
 
Paes também anunciou nesta quarta-feira o projeto Bairro Maravilha Olímpico. Cerca de 3.000 imóveis serão construídos no antigo terreno da fábrica da Antarctica, no Anil, em Jacarepaguá, e ficarão com uma reserva de contingência para cobrir eventuais faltas de acomodações para os Jogos Olímpicos de 2016. A apresentação desta alternativa havia sido solicitada em novembro pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para o caso de, até os Jogos Olímpicos, não haver uma oferta de 15 mil leitos na região da Barra da Tijuca, em Jacarepaguá, em hotéis de pelo menos três estrelas para atender à família olímpica.
 
– Essas casas serão construídas independentemente de serem usadas ou não nas Olimpíadas. São imóveis que vamos oferecer em cartas de crédito para os servidores públicos – disse o prefeito Eduardo Paes.
 
A presidente da Empresa Olímpica Municipal, Maria Silvia Bastos Marques, explicou que a demanda da região da Barra para o COI é de cerca de 15 mil acomodações. Desse total, cerca de 70% são de empreendimentos já inaugurados ou em fase de consulta da Secretaria de Urbanismo:
 
– O que nós estamos oferecendo é uma margem de segurança a pedido do COI.

(Luiz Ernesto Magalhães | O Globo)
 

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