Palmito Floresta planeja ampliar produção em 60% em cinco anos

Em meio a um mercado em constante crescimento, porém, com elevado grau de informalidade, a Palmito Floresta prepara sua expansão e aposta na melhora da regulamentação do setor para elevar a participação no mercado doméstico. Com uma capacidade para produzir quatro toneladas de palmito por dia em sua unidade de Juquiá (SP), no Vale do Ribeira, a empresa já está estruturada para dobrar de tamanho nos próximos anos e com a expectativa de elevar em 10% as vendas de 2010.

Descendente de libanês, Khalil Yepes Hojeije faz parte da segunda geração a dirigir a empresa, fundada por seu pai em 1977. Ele não revela os números do faturamento do grupo, dono de três milhões de palmeiras plantadas. A meta é elevar esse número para cinco milhões já em 2010 e depois aumentar para oito milhões o número de árvores plantadas até 2015.

"Temos espaço físico para elevar o cultivo e também para ampliar nossa fábrica. O mercado está crescendo e o mais importante é que o consumidor está ficando mais exigente, o que tende a reduzir a ilegalidade no mercado", diz Hojeije.

Na mesma linha e com expectativas semelhantes, a Inaceres espera produzir 6,7 milhões de hastes de pupunha este ano, 24% mais que 2009, conforme recente entrevista ao Valor do diretor-superintendente da empresa, Ricardo Ribeiral. Se a meta for alcançada, o faturamento da companhia deverá somar R$ 28 milhões.

O Brasil é hoje o maior produtor e consumidor de palmito do mundo com 160 mil toneladas, em um mercado que movimenta anualmente R$ 1,5 bilhão, sendo uma das mais valiosas cadeias do agronegócio. Segundo Hojeije, cerca de 80% desse mercado tem algum tipo de irregularidade, seja a origem clandestina, a exploração predatória ou a falta de adequação da embalagem e rótulo do produto com a legislação em vigor.

É por esse motivo que algumas marcas estão adotando o selo "Palmito Seguro", que faz parte de um projeto de mesmo nome criado em 2006 e que neste ano se tornou instituto. A entidade será responsável por administrar o selo para as marcas interessadas e vai avaliar por meio de uma junta técnica os aspectos ambientais de produção e também as condições sanitárias.

(Alexandre Inácio | Valor)
 

 

 

+ posts

Share this post