Para CEOs da PDG e da Gafisa, não há bolha no mercado imobiliário

Apesar da recente valorização do mercado imobiliário no país, com aumentos expressivos nos preços de imóveis, os CEOs da PDG, Zeca Grabowsky, e da Gafisa, Duilio Calciolari, disseram ontem (31) acreditar que não há bolha no setor. Ambos participam do Rio Investors Day, evento realizado segunda e terça no Rio de Janeiro.

”Não tem bolha. A demanda por imóveis, hoje, está muito grande”, diz Grabowsky. “Se der crédito para o consumidor, ele vai comprar um imóvel”, complementou.

A opinião dele é compartilhada por Calciolari. Para ele, o grande aumento dos valores dos imóveis foi uma reacomodação do mercado. “Os preços foram reajustados depois de um longo período onde nada acontecia”, frisou. “E a demanda está excelente”, complementou.

Para Grabowsky, o maior temor do setor imobiliário é a inflação, que tem sido o alvo principal das políticas econômicas do governo federal e do Banco Central do Brasil. “Caso a inflação saísse do controle, teríamos uma grande preocupação com o futuro do setor imobiliário”, ressaltou ele.

Entretanto, Grabowsky disse estar mais tranqüilo com as últimas sinalizações dadas pelo BC. “O Aldo Mendes [diretor de política monetária do BC] enfatizou, ontem, que a prioridade do Banco Central é o combate à inflação”, disse.

Crescimento vai ser menor em 2011
Após a Gafisa ter um crescimento de quase 100% no número de imóveis lançados em 2010, na comparação com 2009, Calciolari prevê um número cinco vezes menor para 2011. “A Gafisa deve ter 20% a mais de lançamentos este ano, em relação à 2010. O mercado, como um todo, deve crescer em torno de 7%”, disse ele.

Para o CEO da PDG, em 2011 o crescimento do setor imobiliário vai ser menor do que nos últimos anos, que registrou fortes altas. “O que estamos enxergando, para frente, é que não precisamos crescer tanto. Óbvio que se o mercado permitir, nós vamos crescer”, explicou Grabowsky.

“Temos que escolher as praças e os segmentos mais rentáveis. Em 2011, estamos esperando um crescimento 35% maior do que no ano passado, tanto em lançamento quanto em vendas”, concluiu.

(Bernardo Tabak l G1)

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