Pátria fecha captação de fundo de US$ 1,25 bi

Na trilha dos fundos bilionários destinados a aquisições no mercado brasileiro, o Pátria Investimentos acaba de concluir a captação do maior fundo de sua história, no valor US$ 1,250 bilhão. O quarto fundo da gestora foi levantado em um prazo de apenas oito meses e reuniu demanda três vezes superior à oferta, segundo Marco d”Ippolito, sócio do Pátria.

Como a maior parte dos cotistas é formada por atuais clientes, os esforços de captação foram em sua maioria feitos pela própria companhia. Os estrangeiros compõem a maioria dos investidores do novo fundo. Entre os brasileiros, os recursos foram obtidos principalmente de "family offices",

Segundo o executivo, a filosofia do fundo – que tem prazo de dez anos, prorrogáveis por mais dois – segue a dos anteriores, baseada no investimento em consolidação de setores e apoio aos empresários. A gestora – que já teve no portfólio companhias como Dasa, Anhanguera Educacional e e Tivit – pretende assumir preferencialmente posições de controle, mas poderá deter também participações minoritárias. D”Ippolito afirma que já possui negócios em andamento e espera anunciar a primeira aquisição do fundo ainda este ano.

Para o executivo, a atual turbulência nos mercados não prejudica os negócios da gestora, que segundo ele possui uma abordagem de longo prazo. "Os fundamentos da economia seguem sólidos, o que nos dá razões para acreditar que o país manterá uma posição de liderança em vários segmentos", destaca.

Questionado se a queda no valor dos ativos provocada pelas preocupações sobre a economia americana e europeia favorece os negócios para os gestores de private equity, D”Ippolito afirmou que o choque traz um maior grau de "realidade" para os negócios.

A captação do Pátria reforça o bom momento do setor de private equity no país. No espaço de cerca de dois meses, BTG Pactual e Vinci anunciaram fundos que também ultrapassaram a casa do bilhão de dólares.

(Vinícius Pinheiro | Valor)

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