Pesquisa sobre o mercado de M&A nos EUA aponta tendência de recuperação e Brasil está no foco dos compradores
Depois de vários anos em declínio, a confiança dos líderes da indústria de fusões e aquisições (M&A) nos Estados Unidos dá sinais de melhoras. É o que aponta uma pesquisa feita pelo escritório de advocacia americano Dykema.
De acordo com a 6º Dykema Anual M & A do Outlook Survey, 38% dos entrevistados acreditam que o mercado será melhor em 2011, 52% estão neutros em relação à perspectiva para os próximos 12 meses e apenas 10% consideraram que o mercado poderia se tornar mais fraco.
Fatores macro pesam menos na balança
Embora as condições macroeconômicas dos EUA continuem a afetar os negócios, o número de executivos que acredita em fatores macro como vetor da atividade de M&A caiu de 31% para 22,50%. Uma leitura para estes números é a de que os executivos começam a perceber oportunidades, mesmo quando o quadro econômico ainda mostra sinais de dificuldade.
Emergentes no foco dos negócios
Não é exatamente uma surpresa o fato de que China, Brasil e Índia sejam os países onde os entrevistados pretendem investir em 2011. O fato de que estes gigantes emergentes estejam no topo da lista nos EUA reflete o crescimento da ideia dos mercados emergentes como estratégia de crescimento nos próximos anos. Note-se a ausência da Rússia entre os países destacados. O “R” dos BRIC tem frequentemente sido omitido nas listas dos países mais desejáveis, dado o seu maior risco geopolítico.
Compradores estratégicos e Private Equity
Os compradores estratégicos, que buscam as pechinchas num mercado depreciado, ainda são os maiores causadores de M & A atividade. Por outro lado, a pesquisa indica que os compradores de private equity também estão voltando.
Salto de Confiança
Os dados refletem um grande salto de confiança. Em 2008, apenas 16% dos entrevistados acreditavam que a atividade de M & A seria mais forte no ano seguinte. A confiança havia atingido o pico em 2005, quando mais de 80% dos respondentes consideraram que o M & A no mercado iria crescer mais forte em 2006.
(Hildete Vodopives – Conselheira Apsis)