Petrobras compra terreno da PM para construir nova sede

Área do quartel-general da Polícia Militar vai ser comprada por R$ 336 milhões

O governo do Estado do Rio informou nesta segunda-feira que acertou com a Petrobras a venda do terremo com 13.500 metros quadrados, no Centro do Rio, onde atualmente funciona o quartel-general (QG) da Polícia Militar. O prédio fica localizado na Rua Evaristo da Veiga, próximo à sede da estatal, na Avenida Chile.
 
Em um dos maiores empreendimentos imobiliários da cidade, o terreno será vendido pelo valor de R$ 336 milhões. A Petrobras quer receber o terreno já com o prédio demolido, segundo informou o assessoria do governo do estado, e solicitou à Empresa de Obras Públicas (Emop) que faça um orçamento do custo da demolição das instalações existentes. Esses custos seriam por conta da Petrobras.
 
O governo do Rio justificou a venda do terreno explicando que vai acabar com grandes QGs, construindo sedes menores para aumentar o número de policiais nas ruas. Nesta terça-feira, a Secretaria Estadual de Segurança do Rio acrescentou que a venda “é apenas o primeiro passo de um amplo projeto de reestruturação dos batalhões e da sede administrativa da Polícia Militar do Rio de Janeiro”.
 
Disse também que a Empresa de Obras Públicas (EMOP), vinculada à Secretaria Estadual de Obras do Rio, planeja um “batalhão ‘padrão’, com instalações modernas de informática e telecomunicações e utilização racional de espaço e recursos prediais, adaptados às necessidades da PM e da Segurança Pública do Rio de Janeiro”.

A Petrobras se limitou a informar que está em negociações com o governo do Estado do Rio, sem confirmar detalhes das negociações nem do projeto.
 
Empresa não consegue abrigar todos funcionários
 
Somente quando o orçamento da demolição do prédio for aprovado pela Petrobras é que o contrato entre as duas partes será assinado. o governo do Rio estima que isso levará em torno de 25 dias a 30 dias. O negócio terá ainda que ser aprovado pela Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro. Segundo informou o governo do Rio, todos os recursos com o negócio serão aplicados na área de Segurança Pública do Estado.
 
A Petrobras volta a construir um novo prédio para alojar suas atividades 39 anos depois de ter inaugurado o edifício-sede, situado na Avenida Chile, no Centro do Rio. Os outros grandes prédios que a estatal vem ocupando no Rio são alugados de terceiros ou da Petros, seu fundo de pensão, como é o caso do complexo da Rua do Senado e da Torre Almirante, também no Centro.
 
A companhia tem crescido muito nos últimos ano e sua sede já não comporta mais todo o pessoal há muito tempo. Seus funcionários estão atualmente espalhados em 13 prédios no centro do Rio nos bairros do Centro, Cidade Nova e Maracanã. Com exceção do edifício-sede, os demais não são próprios, são alugados pela Petrobras. Fontes da companhia garantem que a sede continuará na Avenida Chile, e que esse novo prédio a ser construído será uma espécie de segunda sede.
 
Ainda neste primeiro semestre a Petrobras espera receber as primeira unidades do Centro Empresarial Senado, que está em construção pela W.Torre. São quatro prédios na Rua do Senado, que ocupam um quarteirão inteiro e estão em fase final de construção.
 
Para esses novos prédios irão boa parte dos departamentos que estão hoje espalhados em diversos edifícios na cidade. Calcula-se que nos novos quatro prédios do Centro Empresarial Senado tenha uma população total (fixa mais flutuante) de 14 mil pessoas por dia. Os quatro prédios formarão o maior conjunto de prédios de escritórios do Rio.
 
Hoje, além dos dois edifícios da Torre Almirante, na Avenida Almirante Barroso, a estatal ocupa diversos andares em outros edifícios, como na sede do Banco do Brasil, também no Centro.
 
Desde que foi criada em 1954, a Petrobras passou a ocupar diversos prédios no Centro do Rio, até mudar-se para a sede que ficou pronta em 1973, no Centro do Rio. Agora, passados quase 40 anos, a companhia, em fase de franca expansão, volta a espalhar-se por toda a cidade. Atualmente a companhia tem 31.538 empregados em todo o Estado do Rio.

(Ramona Ordoñez | O Globo)
 

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