Petrobras e Vale figuram na lista das mais lucrativas do mundo

As duas maiores empresas brasileiras estão entre as 20 mais lucrativas do mundo. Petrobras e Vale, de acordo com um ranking da Consultoria Economatica, superaram gigantes como Coca-Cola, General Eletric, Intel e Microsoft. A estatal petrolífera, com lucro no trimestre de US$ 7 bilhões, e a mineradora privada, com resultado positivo de US$ 6,5 bilhões no período, perderam apenas para Exxon Móbil, Chevron Texaco e Apple. Com exceção das duas companhias nacionais, todas as demais têm sede nos Estados Unidos.

Para chegar ao ranking, a Economatica pesquisou os lucros de cada empresa nos órgãos de fiscalização locais. No Brasil, os valores são da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A primeira colocada no ranking, a produtora de petróleo e gás Exxon, teve lucro de US$ 10,6 bilhões no segundo trimestre. A última, a Coca-Cola, ganhou US$ 2,7 bilhões. Entre as empresas de eletrônicos, a Apple foi a primeira, com lucro de US$ 7,3 bilhões. No ramo bancário, o JP Morgan Chase superou os rivais ao alcançar resultado de US$ 5,4 bilhões. De toda a lista, apenas uma companhia atua no varejo, o Walmart, que ficou em 15º lugar, com US$ 3,3 bilhões.

Pelo levantamento da Economatica, nenhuma empresa na América Latina conseguiu superar as duas produtoras de commodites (produtos básicos com cotação internacional) brasileiras. Entre as 20 empresas mais lucrativas, os setores mais representados são os de eletroeletrônicos, de petróleo e de gás, com quatro empresas cada. O setor bancário tem três empresas na lista.

A despeito de estar na quarta posição, a Petrobras não agradou o mercado com seu lucro. Investidores consideraram o desempenho fraco frente ao que poderia ter sido, caso a estatal tivesse aproveitado melhor a forte valorização do petróleo, cujo barril bateu os US$ 127 em abril. Em entrevista ao The Wall Street Journal, o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, alegou que o desempenho não foi melhor porque a empresa teve que importar mais para atender o consumo brasileiro.

(Victor Martins l Correio Braziliense)

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