Plano é ter 50% de operação de fast-food

Iniciadas há cerca de seis meses, as negociações da Sapore com uma rede de fast-food internacional caminham para uma sociedade em que a brasileira detenha 50% da operação. A informação é do presidente da Sapore, Daniel Mendez, que mantém o nome do grupo estrangeiro em sigilo. A ideia é trazer a marca para o Brasil e gerenciar sua expansão com lojas próprias e franquias. "Será mais uma linha comercial, um novo braço do nosso negócio", diz Mendez.

Se concretizada, a transação vai marcar a estreia da empresa no varejo. Hoje, a companhia tem parcerias com redes conhecidas nas praças de alimentação e corredores dos shoppings, como Montana Grill, Rei do Mate e Grão Expresso, mas com unidades que funcionam dentro seus restaurantes empresariais.

A Sapore não será a primeira empresa do setor de refeições coletivas no país a ter esse tipo de operação. A concorrente GRSA, que pertence ao grupo inglês Compass, tem um braço de varejo, com franquias de redes como Bob”s, Vivenda do Camarão e Subway funcionando em aeroportos e rodoviárias.

A investida faz parte dos planos de expansão traçados após o processo de reestruturação pelo qual a empresa passou em 2009 e 2010. Em meio a essa reorganização, a busca de um sócio chegou a estar na mesa. O balanço de 2010, fechado em 15 de março, informa que os planos para mudar a situação financeira da companhia abrangem "desde a entrada de novos sócios no negócio à implementação de novos produtos no mercado". Mendez, fundador e controlador da empresa, diz que o cenário mudou a partir do desempenho positivo obtido no primeiro semestre deste ano. "Chegamos a estudar a entrada de um fundo, mas agora não queremos, não precisamos", afirma. "Essa era uma das saídas se este ano repetisse parâmetros similares ao do ano passado."

Por outro lado, segundo ele, a abertura de capital em bolsa, projeto que acabou descartado nos últimos anos, voltou a ser considerada como uma possibilidade futura. (LM)

(Valor)

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