Português interessado na Cimpor atua no Brasil

A Secil, companhia portuguesa de cimento do empresário Pedro Queiroz Pereira, que abriu disputa pelo controle da Cimpor, está presente no Brasil desde o ano passado. No início de 2011, adquiriu 50% do capital da Supremo Cimentos, de Pomerode (SC).
 
A Secil é 51% controlada pela Semapa, holding do empresário português. Segundo a edição de hoje do “Jornal de Notícias”, de Lisboa, Pereira lançou uma oferta alternativa à OPA da Camargo Corrêa pela Cimpor.
 
Pereira propõe, conforme o “JN”, juntar todas as participações de grupos portugueses – CGD, BCP e Investfino – na cimenteira lusa, as quais somariam 30,4%, em uma holding que incluiria a Secil.
 
A aquisição na Supremo foi considerada estratégica, pois o mercado brasileiro de cimento cresce ano a ano, enquanto o português se retrai devido à crise econômica e financeira que afeta os países da zona do euro.
 
A Supremo, segundo informações, tem um plano de expansão da capacidade fabril, passando de uma unidade integrada de clínquer e moagem de 300 mil toneladas de cimento ao ano para 1,5 milhão de toneladas com a instalação de nova fábrica.
 
A empresa firmou com o governo do Paraná, em 2011, um protocolo de investimentos de R$ 340 milhões em uma unidade em Adrianópolis, no Vale do Ribeira. A meta é iniciar as operações em janeiro de 2014.
 
O grupo Semapa/Secil tem mais de 70 anos no setor de cimento, com presença na Europa, norte da África e Oriente Médio. A Supremo foi fundada em 2003 e, segundo diz, atende os mercados da região Sul, de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e parte do interior paulista.
 
(Ivo Ribeiro | Valor)

 

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