Prontocor reestrutura operação e projeta novo prédio

Enquanto dois grandes grupos privados do setor de saúde, Rede D”Or e Amil, investem para expandir sua rede de hospitais na região metropolitana do Rio, hospitais menores passam por reformulações para sobreviver e não serem engolidos pela fome dos gigantes.

Alguns deles acabaram sendo comprados pelos dois dominantes, como o Pró-Cardíaco, de Ipanema, comprado pela Amil, e o Hospital Badim, na Tijuca, adquirido pela Rede D”Or.

O Prontocor, que têm dois hospitais, um na Lagoa e outro na Tijuca, apostou na profissionalização. Fundado em 1953 por dez médicos, o hospital, que chegou a ser referência na cidade, acabou fatiado na mão dos herdeiros. Para voltar a competir no mercado, contratou gestores profissionais para reestruturar a operação.

"Cada um gerenciava um pedaço e todos se respeitavam, tanto que ninguém sequer reclamava se um atrapalhava o trabalho do outro", diz Carlos Vaisman, sócio da Oficina de Gestão e um dos responsáveis pela reestruturação. "O mercado do Rio é cheio desses hospitais criados por médicos, mas que acabaram se deteriorando na mão de herdeiros que nem sempre tinham tanto interesse na operação", explica Vasiman.

A reestruturação é focada em melhorar o atendimento e conseguir melhores negociações com as administradoras de planos de saúde. Para o Prontocor, já deu resultado. O nível de glosa (quando a administradora recusa o pagamento do gasto do hospital), que chega a 12% no mercado, está em 3%. A taxa de ocupação dos leitos, que era de 65% em dezembro, subiu para 90% em junho. O faturamento médio por leito cresceu, de R$ 35 mil por mês para R$ 50 mil.

Nos dois hospitais do Prontocor foram investidos R$ 7,5 milhões, para comprar equipamentos. E há planos para erguer um novo prédio na Tijuca, de 110 leitos. Ao todo, hoje, o Prontocor tem 63 leitos.

(Valor)

 

 

 

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