Renner prevê concluir integração com Camicado até o final de 2011

A Lojas Renner espera concluir a integração da cadeia de lojas Camicado, adquirida no início de abril, até o final deste ano, mesmo prazo em que projeta maior rentabilidade decorrente da consolidação da rede de artigos para casa e decoração.

"A integração já começou… em setembro terá início a utilização dos cartões Renner nas lojas (Camicado) e até o final do ano a integração será concluída", afirmou o vice-presidente financeiro da Renner, Adalberto Santos, em teleconferência nesta terça-feira.

Segundo o executivo, as operações da empresa adquirida devem começar a ter impacto positivo no Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da varejista na segunda metade deste ano.

No segundo trimestre, que incluiu os dados da Camicado a partir de maio, o Ebitda da operação de varejo somou 147,6 milhões de reais, com a margem caindo de 19,7 para 20,3 por cento em 12 meses, como consequência da consolidação. No semestre, a margem Ebitda total também caiu, de 21,1 a 20,9 por cento.

A Renner tem como meta abrir quatro novas lojas Camicado em 2011, tendo inaugurado uma unidade até junho. De acordo com Santos, o ritmo de inaugurações ganhará força a partir do ano que vem, quando devem ser abertas entre cinco e dez lojas. Em cinco anos a partir da aquisição, a companhia planeja alcançar 101 unidades da rede e, até 2020, contabilizar 125 lojas.

A companhia inaugurou, no primeiro semestre, dez lojas de artigos de vestuário, considerando os formatos tradicional, compacto e Blue Steel (piloto). Santos reiterou nesta terça-feira que, até dezembro, devem ser inauguradas outras 20 unidades no país.

A Renner divulgou na noite de segunda-feira lucro líquido de 113,5 milhões de reais para o segundo trimestre, alta de 24,8 por cento sobre o ganho apurado no mesmo período do ano passado e ligeiramente acima da média de previsões obtidas pela Reuters com quatro analistas, de 107,8 milhões de reais.

"O segundo trimestre não começou bem. Abril foi difícil, melhorou em maio com Dia das Mães e junho foi muito bom", disse Santos, acrescentando que os dados do terceiro trimestre devem seguir a mesma tendência, com números mais fracos em julho em função da troca de coleção. "Mês de transição (de coleção) é um pouco mais complicado".

(Reuters)

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