Rio Tinto põe à venda parte de sua divisão de alumínio

O grupo australiano Rio Tinto, segundo maior produtor de minério de ferro do mundo, anunciou na Austrália no início desta manhã que decidiu vender 13 ativos da sua divisão de alumínio, a Rio Tinto Alcan, como parte de uma revisão estratégica desse negócio. A venda ocorrerá em um momento apropriado, e alguns dos ativos serão gerenciados separadamente até que seja efetivada a operação.

Esse movimento, informou a companhia, permitirá à subsidiária  Rio Tinto Alcan se concentrar em sua estratégia de crescimento com valor agregado e melhorar o desempenho financeiro desse negócio. Seis ativos na Austrália e Nova Zelândia serão transferidos para uma nova unidade de negócios, que recebeu nome de Pacific Alumínio.

A nova empresa passa a ser administrada e reportar seus números separadamente dos demais produtos da Rio Tinto Alcan. Ela vai englobar, na Austrália, a mina de bauxita e refinaria de alumina Gove, além de fundições e a Gladstone Power Station, e fundições de alumínio na Na Nova Zelândia.

Outros sete ativos não estratégicos continuarão geridos pela Rio Tinto Alcan enquanto buscar opções de desinvestimento. São unidades industriais na França e Alemanha (quatro fábricas), uma fundição nos EUA e a fundição de Lynemouth, com uma estação de energia, no Reino Unido.

O executivo-chefe da Rio Tinto,Tom Albanese, disse  que embora bem geridos, esses ativos "não estão mais alinhados com nossa estratégia e acreditamos que eles têm um futuro brilhante sob nova gestão". Ele destacou que o movimento "é mais um passo significativo no sentido de atingir nossas metas de desempenho no grupo de produtos de alumínio".

O presidente-executivo da Pacific Alumínio será Sandeep Biswas e ele se reportará diretamente à Rio Tinto.

A Rio Tinto Alcan – uma companhia integrada da mineração de bauxita a produtos transformados – é fruto da aquisição da canadense Alcan em meados de 2008 por US$ 39 bilhões e junção com os ativos de alumínio que a Rio Tinto já operava.

No primeiro semestre, a divisão de negócios de alumínio gerou receita bruta de US$ 7,95 bilhões, Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de US$ 1,43 bilhão e lucro líquido de apenas US$ 379 milhões. A produção de alumínio somou 1,9 milhão de toneladas.

(Ivo Ribeiro | Valor)

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