Safra inicia cobertura dos papéis da Petrobras e da OGX Petróleo

SÃO PAULO – O Safra Banco de Investimento iniciou a cobertura de papéis do setor petrolífero, com recomendação "outperform" para as ações da Petrobras e da OGX Petróleo.

No caso da estatal, o Safra tem preço-alvo de R$ 45,00 para o fim de 2010, o que representa um potencial de valorização de cerca de 62% ante o valor de fechamento desta quinta-feira.

Em relatório assinado pelo analista Rogerio Zarpao, a instituição ressaltou que estima um crescimento médio anual de produção da Petrobras de 7,5% para o período de 2009 a 2020, em um cenário em que as concorrentes globais vêm enfrentando dificuldades para manter os atuais níveis de produção.

O Safra estima que a Petrobras terá lucro líquido de R$ 29,4 bilhões em 2010, receita líquida de R$ 206 bilhões, lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Lajida) de R$ 67 bilhões e margem Lajida de 33%.

Os principais riscos para a recomendação do Safra incluem preços mais baixos do petróleo, aumento dos custos de produção e atrasos no licenciamento ambiental, na produção e de projetos de expansão, entre outros.

No caso da OGX Petróleo, o Safra está com preço-alvo de R$ 23 para as ações ordinárias em dezembro deste ano, apreciação potencial de 42% sobre o preço de fechamento do último pregão.

"A OGX negocia atualmente a EV/Recursos potenciais riscados de US$ 2,73/BOE [barris de óleo equivalente], representando um desconto de 84% em relação às empresas de E & P [Exploração e Produção]. A atual campanha exploratória da empresa e futuros anúncios de novas descobertas devem estreitar essa diferença, logo recomendamos que investidores montem posições no papel antecipadamente ao fluxo positivo de notícias", assinalou Zarpao, em relatório enviado ao mercado

Para 2011, o Safra projeta lucro líquido de R$ 156 milhões para a OGX, receita líquida de R$ 154 milhões, Lajida de R$ 24 milhões e margem Lajida de 16%.

Os principais riscos para sua classificação incluem questões geológicas e de exploração, riscos de execução associados a prazo de produção e volume, preços de petróleo mais baixos e custos de produção e investimento mais altos, entre outros.

(Beatriz Cutait | Valor)

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