Santander Asset aposta em fundos imobiliários em 2013

Com o horizonte de manutenção da Selic em mínimas recordes, o Santander Asset Management vai lançar em 2013 novos fundos de investimentos no exterior e em ativos imobiliários domésticos.

O lançamento dos produtos do braço de gestão de recursos do Santander Brasil, quinto maior do país com cerca de 134 bilhões de reais, deve acontecer até março.

“Com o juro mais baixo, melhoram as condições para produtos que oferecem rentabilidade superior”, disse nesta sexta-feira a jornalistas a diretora do Santander Asset Luciane Ribeiro.

Em ambos os casos, a captação será concentrada a clientes de alta renda, que possam investir pelo menos 1 milhão de reais. A meta é que cada fundo tenha um montante inicial de até 100 milhões de reais, podendo ser ampliado depois.

O fundo internacional será o primeiro da instituição a ser totalmente composto por ativos de fora do país. O produto, de renda variável, deve adquirir cotas de fundos de gestoras do Santander em outros países.

Para Luciane, a migração de recursos da indústria de fundos para ativos de maior risco/retorno já observada no ano passado deve se prolongar em 2013, movimento também influenciado pelas medidas do governo para incentivo a infraestrutura.

De olho nesse filão, o Santander Asset também deve lançar ao longo do ano um fundo para investir exclusivamente em títulos de dívida de empresas em grandes projetos, as chamadas debêntures de infraestrutura.

No setor imobiliário, o fundo, que terá prazo predeterminado de três anos, será composto por ativos securitizados. “Devemos lançar esse nas próximas semanas”, disse Luciane.

CONJUNTURA

Segundo a área econômica do Santander Asset Management, a combinação de arrefecimento da crise europeia, recuperação econômica dos Estados Unidos e aceleração do Produto Interno Bruto (PIB) doméstico deve contribuir para melhor desempenho da Bovespa no período.

A instituição prevê que o Ibovespa feche este ano na casa dos 72 mil pontos, o que equivaleria a uma alta de cerca de 18 por cento. A aposta é que no período mais uma vez se sobressaiam em rentabilidade as ações de empresas ligadas ao consumo doméstico.

“Mas ações de empresas de commodities, como as siderúrgicas, também devem se destacar, refletindo a melhora da economia internacional”, disse o economista do Santander Asset, Ricardo Denadai.

(Exame)

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