Stefanini faz segunda aquisição no ano

A Stefanini, empresa brasileira de serviços de tecnologia da informação (TI), comprou a Sunrising Consulting, companhia especializada em sistemas Oracle. O valor do negócio não foi revelado.

A operação faz parte da estratégia de aquisições da companhia. Contando com a Sunrising, já foram duas compras este ano. O primeiro acordo foi firmado com a Vanguard, empresa do Recife cujos produtos ajudam outras companhias a administrar sua estrutura de TI.

O negócio com a Sunrising, companhia com aproximadamente 100 funcionários e 12 anos de atuação no mercado, foi fechado em um mês por conta do relacionamento que as empresas já mantinham em projetos conjuntos. "As primeiras conversas aconteceram no ano passado, mas não evoluíram", conta Marco Stefanini, fundador e presidente da empresa que leva seu sobrenome.

Passado um ano e com o cenário econômico mais estável, seria de se imaginar que a companhia pagaria mais caro pela aquisição, já que o vendedor não estaria em um momento de incerteza. Stefanini diz, no entanto, que o valor das empresas no Brasil não oscilou tanto como na Europa (onde houve uma redução geral de preços), já que o país não sentiu os impactos da crise com o mesmo rigor.

Até o fim do ano, a expectativa da Stefanini é fechar outras duas operações. A companhia está em busca de empresas que possam adicionar linhas de produtos à sua oferta, ou reforçá-la em segmentos em que ainda não tem muita presença. Caso a estratégia se concretize, a Stefanini fechará 2010 com faturamento de R$ 900 milhões, 33% a mais que em 2009. Apesar do interesse da empresa em expandir suas atividades fora do Brasil – atualmente responsáveis por mais de 20% da receita -, não está prevista nenhuma aquisição no exterior este ano.

O projeto de internacionalização da Stefanini passa pela compra de empresas que possam dar musculatura à empresa para atuar nos 19 mercados onde tem presença. "Estamos em busca de contratos, carteira de clientes", diz o presidente da companhia.

O porte do alvo não é tão importante, diz o executivo. Sem dívidas, a Stefanini tem boa capacidade de financiamento, de acordo com o empresário. O tamanho da transação dependerá mais do perfil da empresa comprada e do potencial do mercado em que ela atua. Stefanini afirma estar em conversas avançadas com pelo menos duas empresas. "Mas essas negociações vêm e vão."

(Gustavo Brigatto | Valor)

 

 

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