Sul de Minas atrai novos empreendimentos no setor

Aos poucos, as indústrias transformadoras começam a fazer novos investimentos para desgargalar a produção e também planejam novas fábricas para avançar em importantes mercados consumidores.

Minas Gerais, sobretudo na região sul do Estado, tem sediado aportes importantes da terceira geração petroquímica. A cidade mineira de Extrema, que fica próxima a São Paulo, é o exemplo mais recente de atração de novos investimentos.

Além dos benefícios fiscais concedidos pelo governo mineiro, a localização geográfica também tem atraído empresas para o município. Extrema abriga desde empresas de chocolates – o caso mais recente é a Barry Callebaut – a transformadoras plásticas, casos da Zaraplast e Dalka do Brasil, que vão montar unidades na cidade, informa Péricles Mazzi, secretário de Indústria e Comércio da prefeitura de Extrema. Os investimentos das duas empresas devem somar, juntos, cerca de R$ 60 milhões.

A Zaraplast, com nove fábricas, confirmou ao Valor o investimento na nova unidade. O aquecimento da demanda pelas indústrias de alimentos e mercado automobilístico justifica os investimentos da empresa em expansão. A instalação de Minas será para produzir equipamentos higiênicos, como fraldas descartáveis. Procurada, a Dalka não quis se pronunciar.

Otávio Carvalho, da consultoria petroquímica Maxiquim, lembra que Minas Gerais já teve importância no setor plásticos e agora retoma os investimentos. A italiana Mossi & Ghisolfi (M&G) desativou há alguns anos uma de suas fábricas, instaladas no Estado. Com ativos em Pernambuco, a fábrica mineira foi fechada por conta de seu parque industrial desatualizado.

Segundo Adriano Magalhães, diretor do Instituto de Desenvolvimento Integrado (Indi), braço da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de Minas Gerais, há várias consultas de empresas do setor interessadas em fazer investimentos no Estado.

Fontes do setor afirmaram ao Valor que muitas empresas instaladas em São Paulo procuraram fazer seus novos investimentos fora do Estado, em busca de incentivos fiscais.

Para José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Vitopel, que também está à frente da Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico), a migração de empresas da região Sul do país para outros Estados tornou-se comum.

(Gustavo Lourenção | Valor)
 

 

 

 

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