Suzano reduzirá custos e decide sobre venda de ativos em 2012

O ano de 2012 será de importantes decisões para a Suzano Papel e Celulose. No próximo ano a empresa entrará em um processo de redução de custos, deve anunciar a venda de ativos e pode adiar alguns investimentos, segundo o presidente Antonio Maciel Neto.

Entretanto, o executivo enfatizou que não haverá adiamento do início das operações da unidade de produção de celulose em Imperatriz (MA), previsto para o quarto trimestre de 2013.
 
"Nós não vamos adiar o Maranhão. O Maranhão é um ponto sem retorno… Daqui a dois anos tem a partida, o projeto está todo financiado. Se você adia… você perde um ano de receita", disse Maciel a jornalistas após evento nesta sexta-feira.
 
Segundo o presidente da companhia, segunda maior produtora brasileira de celulose, o "plano A" da companhia é "não adiar o Maranhão, vender ativos específicos para melhorar a estrutura de capital, e melhorar a operação e a produtividade".
 
Atualmente, os investimentos previstos pela Suzano para 2012 são a unidade do Maranhão, florestas para a unidade de celulose do Piauí, Suzano Energia Renovável – que também terá uma unidade no Maranhão -, além de melhoria de fábricas, florestas e compra de equipamentos.
 
No primeiro trimestre do ano que vem a Suzano deve definir a venda da sua participação na usina hidrelétrica de Amador Aguiar (Capim Branco), em Minas Gerais, onde a empresa tem 17 por cento de participação.
 
Além disso, a empresa deve avaliar venda de ativos florestais, enquanto no primeiro semestre deve haver uma decisão sobre a venda de ativos de papel e de eventuais participações minoritárias nas futuras unidades de celulose no Maranhão e Piauí.
 
No caso do Maranhão, Maciel disse que "há mais de uma proposta" de interessados em se associar ao projeto.
 
"Em 2012 há o compromisso de aprofundar violentamente a redução de custos", adicionou o executivo.
 
Apesar da Suzano ter encerrado o terceiro trimestre com um caixa de 3 bilhões de reais, a empresa definiu compromissos de alavancagem de 3,5 a 4 vezes a geração de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês). No final de setembro, a relação estava em 4,2 vezes.
 
Maciel disse ainda que, mesmo diante de um cenário de preocupações em 2012 as perspectivas são positivas, com um equilíbrio de oferta e demanda de celulose.
 
"Se a Europa (principal mercado consumidor da celulose brasileira) ficar com crescimento zero em 2012, é a mesma demanda que teve esse ano. Para cair a demanda tem que ser crescimento negativo."

(Carolina Marcondes l  Reuters)

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