Unidas, Xstrata e Glencore veem mais oportunidades no Brasil

A união da mineradora Xstrata com a gigante de commodities Glencore deve trazer novos investimentos para o Brasil. As empresas suíças – que ainda não têm produção no país – estão se voltando para o mercado brasileiro, principalmente no segmento de cobre.
 
“Com a Glencore, haverá novas oportunidades no Brasil. Estamos olhando para o país”, afirmou o presidente da área de cobre da Xstrata, Charlie Sartain, em evento, em Sydney, sobre investimentos do país na América Latina. Segundo ele, a companhia “tem boas aspirações com os ativos brasileiros”.
 
Na semana passada, a Glencore anunciou a aquisição de participação de 28,5% da Mineração Caraíba, por US$ 118,5 milhões. A brasileira é uma mineradora de cobre situada na Bahia, com jazidas e mina de cobre em Jaguarari.
 
Conforme os termos da operação, a Glencore comprou os 71,2 milhões de ações que pertenciam à Branford RJ Participações. Esta, por sua vez, é controlada pelo fundo de investimento em participações Atenas, cujo único cotista é a Aurizônia.
 
No Brasil, a Xstrata tem apenas um projeto de níquel no Estado do Pará, que ainda está em estágio de desenvolvimento. A Glencore – que opera em 33 países, com resultado operacional (Ebitda) de US$ 6,5 bilhões em 2011 – tem apenas um escritório, no Rio de Janeiro. A Xstrata, por sua vez, está presente em 20 países e acumulou Ebitda de US$ 11,6 bilhões no ano passado.
 
A área de cobre da mineradora suíça representou 42% desses resultados. Nesse segmento, a América do Sul é responsável por 68% dos ganhos da multinacional. Mais de 40% da produção de cobre a companhia vai para a China.
 
Apesar da desaceleração demonstrada pela economia chinesa nos últimos meses, a Xstrata prevê uma recuperação da produção industrial do país já no segundo semestre. “A demanda chinesa volta a acelerar na segunda metade do ano, estimulada por medidas do governo, que terão impactos significantes”, afirmou Sartain.
 
(Vanessa Dezem | Valor)

 

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